Mudanças entre as edições de "Heike Kuhlmann"
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− | + | "Minha proposta tinha sido de trabalhar com lixo e natureza. Queria fazer um vestido de lixo, fazer um ninho de lixo e um de folhias, comecar a danca dentro do ninho e nascer e dancar as experiencas que tevi, espressar o que vi, cheirei, tocei, escutei durante as quatro semanas aqui no Brasil,, expressar o que nao posso por em palavras. Ai vi que tinha guardado lixo para mim, eu escolhi o lixo que sirve, o lave e botei no sol. Isso já junto com minha filha. Mas como a Cinthia me tinha falada de mas lixo que tinhan guardardo- fue la, vi monte de garafas, latas, comeco pegar garafas e botar eles no espaco, fue fazendo e criando, sem muito pensar como fa ser no final, fue criando um espaco, pensando em dancar dentro. Fazer uma primeira danca para que as mulheres artistas que se iban o dia seguiente. | |
− | Minha proposta tinha sido de trabalhar com lixo e natureza. Queria fazer um vestido de lixo, fazer um ninho de lixo e um de folhias, comecar a danca dentro do ninho e nascer e dancar as experiencas que tevi, espressar o que vi, cheirei, tocei, escutei durante as quatro semanas aqui no Brasil,, expressar o que nao posso por em palavras. Ai vi que tinha guardado lixo para mim, eu escolhi o lixo que sirve, o lave e botei no sol. Isso já junto com minha filha. Mas como a Cinthia me tinha falada de mas lixo que tinhan guardardo- fue la, vi monte de garafas, latas, comeco pegar garafas e botar eles no espaco, fue fazendo e criando, sem muito pensar como fa ser no final, fue criando um espaco, pensando em dancar dentro. Fazer uma primeira danca para que as mulheres artistas que se iban o dia seguiente. | ||
Faco um espiral de garafas e latas, comeco ver as folhias, acho umas palmeiras, planto elas no meio do espiral, junto lixo aoredo, planto uma outra palmeira no final da espiral. Eu e a Selma tiramos fotos do processo. Quando vou com minha filha no rio, na pausa, na recreacao, mas no estado de danca, de percepcao, tempo, espaco. La no rio andamos, falamos. E ai que enconto uma arvore, bem especial, ela tem um buraco, que parece um ninho, vou la, para examinar ela melhor, descubro que nao e um buraco, e mas uma passagem, porque tem duas saidas, e um caminho decima para baixo. Vou subindo nella, a examinando, experimentando de passar e chamo uma pessoa para filmar. | Faco um espiral de garafas e latas, comeco ver as folhias, acho umas palmeiras, planto elas no meio do espiral, junto lixo aoredo, planto uma outra palmeira no final da espiral. Eu e a Selma tiramos fotos do processo. Quando vou com minha filha no rio, na pausa, na recreacao, mas no estado de danca, de percepcao, tempo, espaco. La no rio andamos, falamos. E ai que enconto uma arvore, bem especial, ela tem um buraco, que parece um ninho, vou la, para examinar ela melhor, descubro que nao e um buraco, e mas uma passagem, porque tem duas saidas, e um caminho decima para baixo. Vou subindo nella, a examinando, experimentando de passar e chamo uma pessoa para filmar. | ||
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O bicho que nascio que esta tirando o resto do saco no qual fico durante a gestacao.Termino descanso na grama, saio do processo meio sem transicao, o frio esta tomando conta, tomo bano, meio inconsciente que aconteceu, so agora levantando da cama, refletindo o processo, um pouco com distanca, posso ver as conexioes, veijo que faz sentindo tudo o processo. | O bicho que nascio que esta tirando o resto do saco no qual fico durante a gestacao.Termino descanso na grama, saio do processo meio sem transicao, o frio esta tomando conta, tomo bano, meio inconsciente que aconteceu, so agora levantando da cama, refletindo o processo, um pouco com distanca, posso ver as conexioes, veijo que faz sentindo tudo o processo. | ||
− | Estar em estado de dancar e deixar fluir, deixar tomar conta o que se precisa ser feita, escutar o espaco, o corpo o que tem que ser feito. | + | Estar em estado de dancar e deixar fluir, deixar tomar conta o que se precisa ser feita, escutar o espaco, o corpo o que tem que ser feito." |
Edição das 02h06min de 31 de janeiro de 2014
Nuvem 27.1.2014
chegando lentamente,
cruzando meio Brasil,
entrando no Brilho da Lua,
outro mundo,
tantos mundos já cheiramos, tocamos, ouvimos, vimos e
deixamos
saímos
Amazonas, mundo contato
estando em estado de dança,
presença
mercado de Manaus,
cheiro
sambaqui, comendo peixe, caranguejo,
não vi a fruta de Acai,
que tanto queremos ver e até levar no mundo de donde
chegamos
jacaré,anaconda,
água, tanta água
se precisa para produzir plastico
tantos lixos dentro do mar
cachoeiras, imensas, divinas,
formações de pedras,
a forca da terra
Coca Cola, Nestlé faz bem,
em um dia quanto plastico usamos
na viagem para Brasilia o ônibus foi limpado de plastico duas vezes,
o seringueiro precisa fazer uma semana para fazer uma bola grande de borracha
umas empresa japonesas pensam em usar de novo a vaporização para produzir o plastico
que dura mais,
mais natural
Amazonas,
exportado
tantas vezes,
em estado de dança
em estado de festa
bebe gelado,
fique feliz
eu quero,
mamãe,
eu quero
....
sentindo, chegando
observando,
mundos cruzando palavras
cheirando sentidos
ouvindo o vento soprar,
a estrela fugaz trazendo
um desejo que já se realizou
ver o Amazona antes que não tem mas
mundos dentro de mundos,
e alguns mundo fiquem tao longe e são tao parecidos,
outros
estão do lado mas são mas distantes,
não tem dialogo,
como vão a dançar contato
como um mundo pode ficar ao lado tolerando
que espaço esta criado disso
como se vê a coreografia
que mundo dança que,
qual sistema do corpo e o plastico
aonde temos as cachoeiras dentro de nós
cascadas de informações
folhas, folias,
focagem de um fio condutor
em nessa historia toda,
para que sirva que uma europeia vem ao Brasil
para ver todos esses mundos,
chocada de tantas crianças bebendo Coca-Cola
chocada de tanta beleza que não vale nada
respira bem
muitos animais morrem de respirar tanto plastico
já penso a onde o plastico fica dentro de nós, se fossemos animais,
o hotel na floresta, queremos viver o mas sustentável, mas cada refeição se vende Coca-Cola,
cerveja em lata, garrafa de água feito de plastico
dançando, respirando, percebendo, amor, pura vida, que alegria
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"Minha proposta tinha sido de trabalhar com lixo e natureza. Queria fazer um vestido de lixo, fazer um ninho de lixo e um de folhias, comecar a danca dentro do ninho e nascer e dancar as experiencas que tevi, espressar o que vi, cheirei, tocei, escutei durante as quatro semanas aqui no Brasil,, expressar o que nao posso por em palavras. Ai vi que tinha guardado lixo para mim, eu escolhi o lixo que sirve, o lave e botei no sol. Isso já junto com minha filha. Mas como a Cinthia me tinha falada de mas lixo que tinhan guardardo- fue la, vi monte de garafas, latas, comeco pegar garafas e botar eles no espaco, fue fazendo e criando, sem muito pensar como fa ser no final, fue criando um espaco, pensando em dancar dentro. Fazer uma primeira danca para que as mulheres artistas que se iban o dia seguiente.
Faco um espiral de garafas e latas, comeco ver as folhias, acho umas palmeiras, planto elas no meio do espiral, junto lixo aoredo, planto uma outra palmeira no final da espiral. Eu e a Selma tiramos fotos do processo. Quando vou com minha filha no rio, na pausa, na recreacao, mas no estado de danca, de percepcao, tempo, espaco. La no rio andamos, falamos. E ai que enconto uma arvore, bem especial, ela tem um buraco, que parece um ninho, vou la, para examinar ela melhor, descubro que nao e um buraco, e mas uma passagem, porque tem duas saidas, e um caminho decima para baixo. Vou subindo nella, a examinando, experimentando de passar e chamo uma pessoa para filmar.
Nao e facil passar, sinto preocupacao por animais, bichos que tal vez podem ser venenosas, tocar mesmo a terra, meu movimento meio rapido, nao conheco, que passo fazer, nao percebo que ainda estou meio afastada da arvore, do ambiente no qual estou. Sou agora refletindo me dou conta da mulher da cidade dentro de mim, que tem medo de se sujar, das preconceitos que estao na minha cabeca como tenho que fazer, e que quer dizer limpo, que quer dizer natureza.
Natureza posso ver.
Natureza nao sou eu.
Natureza encontro, mas longe de mim.
Nao sou natureza.
ainda.
De tarde vamos a filmar a passagem com various cameras.
Voltando no lugar, mudo a atmosfera, nao tem mas sol. E oscuro, parece muito diferente. Comprei fil PVC, que queria usar para comecar a performance que tinha pensado antes, sou que agora o lugar e diferente, vamos improvisar, vamos la, deixando o processo se to unfold.
Passo o buraco tres vecces, a ultima vez todo enrolada em plastico, penso que parezco uma camisinha.
A agua esta gelada. Cada vez conheco melhor, posso relaxar mas, encontro mas o yield, a conexao com a terra, com a avore, respira mas, percebo mas, me conecto mas, encontrando detailles, que nao tinha tocado, que nao tinha ido. Improvisacao, encaixo mas. A ultima vez com plastico ja e diferente, tem uma coisa entre mim e a natureza, agora me vem a imagem do saco amniotico. Quando entro na agua, agua entra meu corpo, me separa do plastico.
Terminamos, nao, subimos na grama, comeco de novo, no espaco que crie de manha, tiro o plastico de meu corpo, percebo que e danca ainda, continuacao, deixo tempo, percebo melhor, vou tirando o plastico e deixando ele encima da palmeira, lixo organico, que plantei no meio do espiral. O bicho que nascio que esta tirando o resto do saco no qual fico durante a gestacao.Termino descanso na grama, saio do processo meio sem transicao, o frio esta tomando conta, tomo bano, meio inconsciente que aconteceu, so agora levantando da cama, refletindo o processo, um pouco com distanca, posso ver as conexioes, veijo que faz sentindo tudo o processo.
Estar em estado de dancar e deixar fluir, deixar tomar conta o que se precisa ser feita, escutar o espaco, o corpo o que tem que ser feito."