Rubiane Maia e Renata Ferraz

De wiki da nuvem
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Foto: Renata Ferraz e Rubiane Maia


o começo

Nos conhecemos num encontro de performance na cidade de Lisboa, dia 14 de Julho de 2013. Três dias depois, sonhei com um roteiro de ações para um documentário. Quem estava no meu sonho era a Rubi. Quatro dias depois, convidei a Rubi para ser a minha parceira neste projeto. Ela riu, gargalhou. Eu pensei que a resposta seria negativa, mas então, ela respondeu: "Aceito se fizermos um outro filme juntas, a partir de um sonho que tive na semana passada".

Renata Ferraz


Voltei para o Brasil em Outubro e passamos a conversar constantemente via skype. Além de colocar o diversos assuntos do cotidiano em dia, escrevíamos – de lá e cá – os nossos projetos. Assim nasceu “Sou Mas Ela” e “Evo”: irmãos gêmeos bivitelinos (ainda em gestação).

Rubiane Maia

a nuvem

Quando contei à Rubi que eu chegaria no Brasil em Maio, ela me fez a proposta: "Quero te encontrar, mas não gostaria que você viesse só me visitar. Temos que nos encontrar para trabalharmos. Acho que o mais interessante seria se fizéssemos uma residência juntas. Topa?". Aceitei na hora. Ela, então, me apresentou à Nuvem. E decidimos que a Estação Rural de Arte e Tecnologia seria o espaço para os nosso primeiro experimento juntas. A Rubi disse-me do seu desejo de fazer uma performance a partir da ideia do pêndulo. Eu desejava experimentar criar imagens em movimento utilizando-me de sombras, algo que venho investigando há dois anos e que pretendo continuar me debruçando nos próximos quatro. Faz um tempo que crio videos a partir de obras de outros criadores. Primeiro Antony Gormley, depois Valentina Parravicini e Dani d'Emilia. E agora seria Rubiane Maia. A diferença é que desta vez eu não utilizaria uma obra já criada por outro artista, mas sim uma obra criada ao mesmo tempo que as minhas imagens em movimentos estavam sendo geradas. Cinthia Mendonça, nossa anfitriã, pouco a pouco, em meio a conversas, comidas e caminhadas, tornou-se uma interlocutora imprescindível para este trabalho.

Renata Ferraz


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o projeto

A chegada é sempre um momento de adaptação. Para entender a dinâmica daquele que seria o nosso abrigo e espaço de criação, meu primeiro movimento foi o de não fazer nada relacionado ao projeto. Começamos a comer muito bem, a disciplinar o sono, a conversar sobre a história da Nuvem, sobre as mulheres que já haviam passado por lá. No terceiro dia a Rubi me mostrou o lugar que imaginava fazer as filmagens. Uma casa que havia abandonado uma piscina em cimento. Hoje, o concreto afundado na terra se tornou um imenso brejo. Começamos a pensar que tipo de trabalho poderíamos fazer ali. Tínhamos a ideia de pêndulo, mas o lugar nos contaminou com uma outra: o mimetismo.

Renata Ferraz