Vitor Garcez

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Revisão de 02h54min de 12 de agosto de 2013 por Vitorgarcez (Discussão | contribs)

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Trabalho realizado na Residência de Inverno 2013 na Nuvem.

Outros trabalhos em www.vitorgarcez.com.

ESTRUTURAS POSSÍVEIS

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Desenhos-projeto




Olhar de outra forma para estruturas inciais de obras de construção civil (gabaritos de fundações, contenções etc.) como estruturas que tratam da possibilidade da construção de algo que não se sabe que forma vai tomar e se de fato será construído.

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Construir estruturas criando fronteiras e limites ou ligações e pontes no território, através de relações pensadas com paisagens específicas.

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Propor a relação entre corpo e natureza (não corpo e objeto) através destas estruturas (de relação).

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As estruturas tratam não de sua própria existência, mas de algo que não está ali, e ao mesmo tempo está. > Pensar a ideias de presença, latência e possibilidade.

Entendo tais estruturas como não-objetos, pois só existem pelo que engendram. > Identificar e registrar que tipos de relações são criadas com o território.

Me interessa pensar como as decisões e desvios tomados ao longo do processo de 'projeto' e 'construção' das estruturas. > Considerar o processo de construção como performance?

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PROCESSO

Semana 01

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Semana 02

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Resposta a algumas questões suscitadas pela vinda de Guto Nobrega e Malu Fragoso para acompanhamento do trabalho:

Considero que o trabalho lida com estes três elementos: homem/estrutura/natureza a relação entre estes três elementos acontece não só no contato de um espectador com a estrutura construída, mas também durante o processo de realização do trabalho.

Me interessa a imprevisibilidade (desvios) durante seu processo de realização (começando pela impossibilidade de fincar estacas em alguns pontos, por conta das pedras, até algumas relações sutis que passa a se estabelecer de leitura e entendimento do próprio meio). No caso da estrutura construída próxima ao rio, foi estabelecido um zero a partir da qual a estrutura é nivelada – sem instrumentos – e a partir da qual a estrutura é solta do chão. Há a definição de um plano horizontal que passa a ser um elemento contrastante e que possibilita uma outra leitura do meio. O tipo de estrutura proposta, a madeira utilizada, a forma como se organiza, opera pelo constraste com a paisagem natural. Busca estabelecer diferenciações. Seria uma relação anti-entrópica, de embate com o espaço natural.

Segundo um livro de Ernest Gombrich, o homem busca determinados padrões e ordens em tudo o que constrói e inclusive no que olha (não à toa nos espantamos ao encontrar alguma ordem na natureza – como nas conchas e espirais, em desenhos de folhas etc.). Me interessa investigar este aspecto humano (através da minhas própria subjetividade) através destas construções.

Me interessa ainda perceber as situações que se podem ocorrer a partir das estruturas: como funcionam as circulações em seu entorno. Na cultura japonesa, os jardins e a arquitetura são pensados a partir das circulações no espaço-tempo. Assim, deixa de ter importância o construído, mas os espaços (ou os vazios) que tais estruturas criam. O que caracterizaria tais estruturas de relações homem/meio.

Assim, pretendo dar continuidade ao trabalho criando outras estruturas e trabalhando os processos de diferenciação e tensão nestas estruturas com o meio e com o homem. Pretendo ainda 'provocar' situações com outros participantes próximo às estruturas, para perceber as relações que outros podem estabelecer a partir desta instalação.

Semana 03

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