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Ainda lá, iniciei com duas amigas este projeto de auto-pornografia.  
 
Ainda lá, iniciei com duas amigas este projeto de auto-pornografia.  
  
Muito antes de começá-lo já comia-bebia de algumas fontes, sobretudo dos livros da filósofa espanhola Beatriz Preciado e do trabalho da artista, também espanhola, [http://www.mariallopis.com/ María LLopis], que desenvolve já há algum tempo um excelente e exemplar projeto de [http://www.elmundo.es/elmundo/2010/05/24/castellon/1274695943.html porno hazlo-tú-misma], ou seja, "pornô-faça-você-mesma". E mais antes disso ainda, no início da carreira de cinema - do contato com os trabalhos de [http://video.google.com/videoplay?docid=4002812108181388236 Maya Deren]- e nas minha primeiras experiências de auto-representação do corpo e da sexualidade, com vídeo, comecei a questionar o estatuto e as formas de representação das mulheres nos meios audiovisuais hegemônicos. De então, bem nutrida, mas ainda cheia de fome, nasce a PROPOSTA acima, que foi bem-aceita por essas duas amigas-colombianas-residentes-porteñas.  
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Muito antes de começá-lo já comia-bebia de algumas fontes, sobretudo dos livros de Beatriz Preciado e de [http://www.mariallopis.com/ María LLopis], que desenvolve já há algum tempo um excelente e exemplar projeto de [http://www.elmundo.es/elmundo/2010/05/24/castellon/1274695943.html porno hazlo-tú-misma], ou seja, "pornô-faça-você-mesma". E mais antes disso ainda, no início da carreira de cinema - do contato com os trabalhos de [http://video.google.com/videoplay?docid=4002812108181388236 Maya Deren]- e nas minha primeiras experiências de auto-representação do corpo e da sexualidade, com vídeo, comecei a questionar o estatuto e as formas de representação das mulheres nos meios audiovisuais hegemônicos.  
  
 
Só que restavam muitas dúvidas de como seria o mesmo processo nesta residência.  
 
Só que restavam muitas dúvidas de como seria o mesmo processo nesta residência.  
 
Das dúvidas, as trocas:  
 
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a tinta de terra da serra da mantiqueira, objeto de pesquisa da artista [[http://nuvem.tk/wiki/index.php/Luzia_de_Mendon%C3%A7a Luzia de Mendonça]]. Uma terra vermelha sob o corpo - cor da cabocla icamiaba, o rubro que constrói novos (auto)prazeres
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a tinta de terra da serra da mantiqueira, objeto de pesquisa de [[http://nuvem.tk/wiki/index.php/Luzia_de_Mendon%C3%A7a Luzia de Mendonça]], a tinta que vira água, de [[http://nuvem.tk/wiki/index.php/Mariana_Katona_%2B_Raphael_Fonseca Mariana]]. Uma terra vermelha sob o corpo - cor da cabocla icamiaba, o rubro que constrói novos (auto)prazeres
 
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O não-silêncio dos (auto)prazeres-desejos de [[http://nuvem.tk/wiki/index.php/Lu%C3%ADsa_N%C3%B3brega Luísa]]. A experimentação de outras linguagens, novas comunicações e relações com o meio e os afetos, e o suporte tecnológico e suas (re)apropriações e a experimentação de si e os cruzamentos de tanta experimentação, de tanta tecnologia, de tanta linguagem. Um ouvido que ouve com os dedos.
 
O não-silêncio dos (auto)prazeres-desejos de [[http://nuvem.tk/wiki/index.php/Lu%C3%ADsa_N%C3%B3brega Luísa]]. A experimentação de outras linguagens, novas comunicações e relações com o meio e os afetos, e o suporte tecnológico e suas (re)apropriações e a experimentação de si e os cruzamentos de tanta experimentação, de tanta tecnologia, de tanta linguagem. Um ouvido que ouve com os dedos.

Edição das 18h08min de 11 de abril de 2012

ANTROPOFAGIA ICAMIABA

(aquela mesma descrita por Oswald de Andrade & praticada pelas Amazonas Sudakas)

Convém, no entanto, rememorar os termos - utilizando-se, é claro, da maravilhosa máquina de explicações sintéticas que é a Wikipedia:

Antropofagia

Manifesto Antropofágico

Amazonas

Icamiabas

Sudaka(o) é um termo criado pelos gringos - estadunidenses e europeus - para referir-se a quem habita terras sul-americanas. A princípio, um insulto, mas que já foi estrategicamente re-apropriado pelo ativismo político e artístico da América do Sul.

Comer é alimentar-se, nutrir-se - e nestas terras é também copular -> termo, aliás, sempre muito empregado pelas subjetividades biocabramachos disseminadas por aqui. No entanto, entre xs possuidorxs de cavidades vaginais - e outras tantas cavidades activas-passivas-activas - é muito claro que se os orifícios engolem, são eles os agentes comedores. Se assim é, a antropofagia começa por todos os nossos buracos - as pupilas, as narinas, a boca, o ânus, a boceta, a uretra, os poros, o ouvido, os chakras.

Autoporno LUNA 01.png

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NA NUVEM: (re)ENCONTROS - RETROALIMENTAÇÕES

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a nuvem foi a primeira parada neste retorno ao brasil.

Retornar ao nível do mar, costa atlântica tropicana, um pouco mais prá dentro, onde até as montanhas também são mar- de morros.Voltar ao brasil depois de dois anos vivendo no país temperado vizinho do sul - em buenos aires, a cidade que virou as costas para o rio, e por isso mesmo fica ainda mais temperada. Eu não sou daqui, tampoco de allá, mas retornar aos ares que primeiro respiramos é um bom mareio. E lá, com mais clareza, descobri o daqui em mim.

Ainda lá, iniciei com duas amigas este projeto de auto-pornografia.

Muito antes de começá-lo já comia-bebia de algumas fontes, sobretudo dos livros de Beatriz Preciado e de María LLopis, que desenvolve já há algum tempo um excelente e exemplar projeto de porno hazlo-tú-misma, ou seja, "pornô-faça-você-mesma". E mais antes disso ainda, no início da carreira de cinema - do contato com os trabalhos de Maya Deren- e nas minha primeiras experiências de auto-representação do corpo e da sexualidade, com vídeo, comecei a questionar o estatuto e as formas de representação das mulheres nos meios audiovisuais hegemônicos.

Só que restavam muitas dúvidas de como seria o mesmo processo nesta residência. Das dúvidas, as trocas: a tinta de terra da serra da mantiqueira, objeto de pesquisa de [Luzia de Mendonça], a tinta que vira água, de [Mariana]. Uma terra vermelha sob o corpo - cor da cabocla icamiaba, o rubro que constrói novos (auto)prazeres no meio do mato verde. O não-silêncio dos (auto)prazeres-desejos de [Luísa]. A experimentação de outras linguagens, novas comunicações e relações com o meio e os afetos, e o suporte tecnológico e suas (re)apropriações e a experimentação de si e os cruzamentos de tanta experimentação, de tanta tecnologia, de tanta linguagem. Um ouvido que ouve com os dedos. Uma boca que chupa um pé, que pode penetrar e que pode ser penetrado, que é fálico e fenda ao mesmo tempo.

Troca e retroalimentaçao. Sair do jogo: raspar o cabelo coletivamente e usá-lo para a compostagem das terras da horta.

Comer comidas de ótima qualidade.