Mudanças entre as edições de "Sabrina Lopes"

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(Fedor do Animal)
 
 
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Só podemos agradecer a todas as encontradas, pela ajuda, pelas conversas, por estarem lá com a gente.
 
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As dicotomias que estruturam a humilhação feminina estão estreitamente ligadas à divisão entre carne e espírito (Beauvoir). Daí a assepsia ser tão horrendamente misógina, e vice-versa. Dicotomia que também embasa o especismo. A mulher é inferiorizada ao ser associada ao irracional; animais de outras espécies, ao domínio da natureza, como aquele que deve ser subordinado à cultura. O nojo é usado para subjugar mulheres, negrxs, gordxs, gays e animais não humanxs.
 
Genitálias não são o centro de nossa sexualidade, mas carregam, como signo, o peso do sexo e da sexualidade, do prazer e da sujidade.
 
As relações com a sujeira passam, porém, por todo o nosso corpo-cultura. Animais não humanas lambem a própria vagina num ato de higiene cíclica (SÉPSIS). Elas comem a sujeira, limpam e curam com a baba. Queremos comer nossa imundície. Comunidades de vida, não vivemos separadas das bactérias, mas em simbiose; sem elas, morremos.
 
A assepsia é um mecanismo de exclusão, poder e controle. Vivemos um momento renovado de eugenismo, higienismo, destruição de cortiços.
 
Uma inquietação parte da tentativa de ressignificar ou dessignificar o corpo, tão maçantemente interpretado como imagem sexualizada. Cachorras nuas jamais se preocuparam.
 

Edição atual tal como às 04h57min de 20 de maio de 2012

Fedor do Animal

O projeto performático Fedor do animal, em parceria com Mariana Zimmermann, fez sua primeira experiência na EncontrAda, com a participação da Camila Nascimento, da Raisa Inocêncio e da Kelly Lima. fedordoanimal.wordpress.com

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