Nathália Mello

De wiki da nuvem
Revisão de 21h06min de 18 de janeiro de 2014 por Nathália Mello (Discussão | contribs)

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borbulha

0. Índia Papa-Goiaba

Construção minha de terra e água. Abscene é uma nova palavra e eu a aceito hoje. Agora, Abscene é tempo integral, Abscene ascende, de alguma maneira. Ab é um corta-caminho, expressa idéia de corrente, rapidez, de A a B, um tanto linear. A linha de pensamentos de alguém pára e permanece em diferentes pontos. Ab é também prefixo para ausência, abominada. É simples, não é tão complexo quanto o prefixo Ob, que se refere a abertura, exposição, oposição, resistência, bloqueio, finalidade, completude e o seu inverso. Eu escolho Ab particularmente porque Ab não é Ob. Entretanto, Ab está instantes de ser tudo o que Ob é. Eu não quero desaparecer hoje.


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1. A inteligência do herói estava muito perturbada. As cunhãs rindo tinham ensinado pra ele que o sagui-açu não era saguim não, eram cláxons campainhas apitos buzinas e tudo era máquina. As onças pardas não eram onças pardas, se chamavam fordes hupmobiles chevrolés dodges mármons e eram máquinas. Os tamanduás e os boitatás as inajás de curuatás de fumo, em vez eram caminhões bondes telefones gorjetas postes chaminés... Eram máquinas e tudo na cidade era só máquina! O herói aprendendo calado. De vez em quando estremecia. Voltava a ficar imóvel escutando assuntando maquinando numa cisma assombrada. Tomou-o um respeito cheio de inveja por essa deusa de deveras forçuda, Tupã famanado que os filhos da mandioca chamavam de Máquina, mais cantadeira que a Mãe-d'Água, em bulhas de sarapantar. Macunaíma, Mário de Andrade


2. E como seria se eu cancelasse todos os objetos da lista que me coreografam sem ter nunca pedido licença: saco de dormir, toalha, lençol, capa de chuva, chinelos, tênis, roupa de banho, caneca, escova de dente, sabonete, temperos tradicionais, material para a documentação? É interessante ser radical?


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3. América, daqui por diante, você toma conta das pequenas coisas A empresa, Hilda Hilst


4. Do cuidado de si: A prática da liberdade ou do cuidado de si, em termos Foucaultianos, é uma forma de resistência à entrada do corpo em jogos de verdade, em jogos coercitivos ou em práticas de si. Na prática coercitiva o sujeito sofreria a pressão de controle dirigida pelas entidades institucionais; na prática de si o sujeito deve “se transformar e atingir um certo modo de ser”. Foucault enfatiza o fato de que não é suficiente a liberação dos processos históricos, econômicos e sociais, por exemplo, de um povo colonizado à procura de liberação “no sentido estrito”. É necessária a prática de liberdade continuada após a liberação. Segundo Foucault, quando as relações de poder encontram estados de dominação, “um indivíduo ou um grupo social chega a bloquear um campo de relações de poder, a torná-las imóveis e fixas e a impedir qualquer reversibilidade do movimento”. A atividade que proponho no entorno da Fábrica de Tecidos Fluminense, no bairro do Barreto, é uma prática da qualidade de cuidado de si que é uma atividade de resistência pós uma sequência de liberações de alguns processos históricos hetero-normativos que vivencio como performer, mulher, índia, rural, operária, fluminense. Novas relações de poder são vislumbradas e surgem a partir da condução das relações de prazer com os outros. Como Foucault, acredito que a liberação é desgarrar-se da tradição estóica através da qual o ensino limita-se à um certo número de verdades, doutrinas e técnicas, as primeiras constituindo os princípios fundamentais de formação e as outras, as regras de conduta. Estas verdades “apreendidas, memorizadas, progressivamente aplicadas” podem tornar-se uma soberania.



18/01/2014


5. Y cuando se da cuenta del lugar que habita em la matriz colonial de poder, se da cuenta que está jerarquizando, y que está jerarquizado por uma máquina de producir diferencias; y em ese momento, cuando se toma conciencia, se percata que esa máquina es la colonialidad, en ese momento cuando se toma conciencia, empieza no solamente a habitar la colonialidad; esto es, des-cubre "la herida colonial" Estética Decolonial, Walter Mignolo

Cores de barro na chuva, texturas, covas, entrâncias de barro, pedindo presença de construção de água e barro.

Cores de barro em recipientes de vidro? Do mais vermelho à cor mais rala. Pá de mão na mercearia.

Queijo e leite de cabra. Cogumelos, Tuninho.

Ficar sem beber cerveja, usar condicionador, passeio na chuva sem capa são possíveis aquecimentos.

es una opción y no una misión Estética Decolonial, Walter Mignolo