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Em yorubá, Ogun quer dizer ferro. É também a força natural, energial quiral presente nesse elemento.Também significa tecnologia, pois com ferro se faz o arado, a espada, o computador. Um de seus irmãos se chama Oxossi. É o espírito da natureza, que envolve a caça. Aquela que caçamos, mas também as que não são caçadas. Em yourubá, Oxossi também é a arte. Nas oferendas, a caça preparada para os Orixás é muito bem apresentada: uma obra de arte é o ritual de caçar, cozinhar e servir.  
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Em plena guerrilha ontológica, convergências emergentes conjuram o improvável encontro: TECNOMAGIA. Estética, tecnologia, ficção, ciência, magia, política e experiência entrelaçadas apertaram o nó górdio na garganta dos modernos. Nem “pré”, nem “pós”. Buscou-se então o entre.  
  
Há ainda outras forças naturais e suas palavras, intrinsecamente ligadas na mitologia que transforma o Universo em diferentes elementos paupáveis, naturais e interligados. Todos juntos. E misturados. Como sempre foi. A especialização foi um erro. Os alquimistas estão voltando.
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Com perspectivas variadas, os textos abordam caminhos subjetivos, alguns mais tecnicistas, outros mais ontológicos, alguns mais críticos, outros mais pragmáticos. De maneira geral, os trabalhos tangenciam a situação em que nos encontramos: a Terra ameaçada pelas forças desenvolvimentistas, os conhecimentos ancestrais ameaçados ou salvaguardados pelo estado burocrático, enquanto as forças da magia são minimizadas por utopias de evolução que já demonstraram sua ineficiência em garantir terra verde e abundante. Ao mesmo tempo, o cosmos quer pegar fogo. Tudo aquece. Tudo se movimenta. Não se trata aqui então de sobrevivencialismos, nem de utopia. Tecnomagos e zumbis exauridos por uma lógica de vida agressiva e por coleções infindáveis de distopias, mas ao mesmo tempo, com desejos que entrelaçam as forças da Terra, do Cosmos aos humanos e seus derivados: tecnologias, civilizações e bases científicas sempre mutantes.  
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Esse livro levanta questões mais do que dá respostas. De que é feito o pensamento, e o que ele pode? Longe de buscar definições ou abordagens unificadoras entre essas diferentes perspectivas, temos aqui um elogio à alteridade, um caleidoscópio de multiplicidades. Entre teorias e poemas, ensaios e diálogos, as páginas deste livro são um convite e uma provocação para a auto-experimentação e a invenção de novas relações entre humanos, máquinas e natureza.

Edição atual tal como às 21h56min de 4 de novembro de 2013

Em plena guerrilha ontológica, convergências emergentes conjuram o improvável encontro: TECNOMAGIA. Estética, tecnologia, ficção, ciência, magia, política e experiência entrelaçadas apertaram o nó górdio na garganta dos modernos. Nem “pré”, nem “pós”. Buscou-se então o entre.

Com perspectivas variadas, os textos abordam caminhos subjetivos, alguns mais tecnicistas, outros mais ontológicos, alguns mais críticos, outros mais pragmáticos. De maneira geral, os trabalhos tangenciam a situação em que nos encontramos: a Terra ameaçada pelas forças desenvolvimentistas, os conhecimentos ancestrais ameaçados ou salvaguardados pelo estado burocrático, enquanto as forças da magia são minimizadas por utopias de evolução que já demonstraram sua ineficiência em garantir terra verde e abundante. Ao mesmo tempo, o cosmos quer pegar fogo. Tudo aquece. Tudo se movimenta. Não se trata aqui então de sobrevivencialismos, nem de utopia. Tecnomagos e zumbis exauridos por uma lógica de vida agressiva e por coleções infindáveis de distopias, mas ao mesmo tempo, com desejos que entrelaçam as forças da Terra, do Cosmos aos humanos e seus derivados: tecnologias, civilizações e bases científicas sempre mutantes.

Esse livro levanta questões mais do que dá respostas. De que é feito o pensamento, e o que ele pode? Longe de buscar definições ou abordagens unificadoras entre essas diferentes perspectivas, temos aqui um elogio à alteridade, um caleidoscópio de multiplicidades. Entre teorias e poemas, ensaios e diálogos, as páginas deste livro são um convite e uma provocação para a auto-experimentação e a invenção de novas relações entre humanos, máquinas e natureza.