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O bem-te-vi é uma ave passeriforme da família dos tyrannidae|tiranídeos de nome científico '''''Pitangus sulphuratus''''', que provêm de ''pitanga guassu'', ou seja, pitanga grande, forma pela qual os Povo indígena|índios brasileiros tupi-guarani o chamavam; e do latim ''sulphuratus'', pela cor amarela como enxofre no ventre da ave. A espécie é ainda conhecida pelos índios como '''pituã''', '''pitaguá''' ou '''puintaguá'''. Outras apelações existentes são '''triste-vida''', '''bentevi''', '''bem-te-vi-verdadeiro''', '''bem-te-vi-de-coria''', '''tiuí''', '''teuí''', '''tic-tiui''' e '''siririca''' (somente para fêmeas). A versão portuguesa da palavra se assemelha com a anglófona: ''great kiskadee''. Na Argentina é conhecido como ''bichofeo'', ''vinteveo'' e ''benteveo''; na Bolívia como ''frío''; e na Guiana Francesa como ''quiquivi'' ou ''qu'est-ce qu'il dit''.<ref>{{fr}} Armand Massé (1878-1884), Journal, Volume 2, publicado como ''[http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&id=agBsAAAAMAAJ&q=%22qu%27est-ce+qu%27il%22#search_anchor De la Vendée aux Caraïbes]'', Armand Massé, Dominique Rézeau, 1995, :fr:Éditions_L'Harmattan|L'Harmattan, p. 364.</ref>
|nome = Bem-te-vi
 
|cor = pink
 
|imagem = Pitangus sulphuratus 3.jpg
 
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|sistema_estado = iucn3.1
 
  |reino = [[Animalia]]
 
|filo = [[Chordata]]
 
|classe = [[Aves]]
 
|ordem = [[Passeriformes]]
 
|família = [[Tyrannidae]]
 
|género = ''[[Pitangus]]''
 
|espécie = '''''P. sulphuratus'''''
 
|binomial = ''Pitangus sulphuratus''
 
|binomial_autoridade = ([[Carolus Linnaeus|Linnaeus]], 1766)
 
  |sinónimos = ''Saurophagus sulphuratus'' <small>Swainson, 1832</small>
 
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O {{PBPE|bem-te-vi|grande-kiskadi}} é uma ave [[passeriforme]] da família dos [[tyrannidae|tiranídeos]] de nome científico '''''Pitangus sulphuratus''''', que provêm de ''pitanga guassu'', ou seja, pitanga grande, forma pela qual os [[Povo indígena|índio]]s brasileiros tupi-guarani o chamavam; e do [[latim]] ''sulphuratus'', pela cor [[amarela]] como [[enxofre]] no ventre da ave. A espécie é ainda conhecida pelos índios  como '''pituã''', '''pitaguá''' ou '''puintaguá'''. Outras apelações existentes são '''triste-vida''', '''bentevi''', '''bem-te-vi-verdadeiro''', '''bem-te-vi-de-coria''', '''tiuí''', '''teuí''', '''tic-tiui''' e '''siririca''' (somente para fêmeas). A versão portuguesa da palavra se assemelha com a anglófona: ''great kiskadee''. Na [[Argentina]] é conhecido como ''bichofeo'', ''vinteveo'' e ''benteveo''; na [[Bolívia]] como ''frío''; e  na [[Guiana Francesa]] como ''quiquivi'' ou ''qu'est-ce qu'il dit''.<ref>{{fr}} Armand Massé (1878-1884), Journal, Volume 2, publicado como ''[http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&id=agBsAAAAMAAJ&q=%22qu%27est-ce+qu%27il%22#search_anchor De la Vendée aux Caraïbes]'', Armand Massé, Dominique Rézeau, 1995, [[:fr:Éditions_L'Harmattan|L'Harmattan]], p. 364.</ref>
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Os únicos representantes do género ''Pitangus'' eram o bem-te-vi e a espécie ''Pitangus lictor'',<ref>[http://www.birdlife.org/datazone/species/index.html?action=SpcHTMFindResults.asp&hdnAction=SEARCH&hdnPageMode=0&cboFamily=-2&txtGenus=Pitangus&txtSpecies=&txtCommonName=&cboRegion=-2&cboCountry=-2 BirdLife Internacional]</ref> porém atualmente só uma espécie enquadra-se neste género, o próprio bem-te-vi. A espécie ''Pitangus lictor'' agora é sinonímia da atual ''Philohydor lictor'', o bem-te-vizinho.<ref>FRISH, JOHAN DALGAS e FRISH, CHRISTIAN DALGAS. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem. 3ª ed. São Paulo, SP. 2005.</ref>
  
Os únicos representantes do género ''Pitangus'' eram o bem-te-vi e a espécie ''Pitangus lictor'',<ref>[http://www.birdlife.org/datazone/species/index.html?action=SpcHTMFindResults.asp&hdnAction=SEARCH&hdnPageMode=0&cboFamily=-2&txtGenus=Pitangus&txtSpecies=&txtCommonName=&cboRegion=-2&cboCountry=-2 BirdLife Internacional]</ref> porém atualmente só uma espécie enquadra-se neste género, o próprio bem-te-vi. A espécie ''Pitangus lictor'' agora é sinonímia da atual ''[[Philohydor lictor]]'', o bem-te-vizinho.<ref>FRISH, JOHAN DALGAS e FRISH, CHRISTIAN DALGAS. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem. 3ª ed. São Paulo, SP. 2005.</ref>
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A escrita ''bentevi'' não é reconhecida pelo Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.<ref>[http://www.unb.br/snd/volp/ Sistema de Normalização de Documentos da UnB]</ref>
  
A escrita ''bentevi'' não é reconhecida pelo [[Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa]].<ref>[http://www.unb.br/snd/volp/ Sistema de Normalização de Documentos da UnB]</ref>
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Medindo cerca de 23,5 centímetro|cm, caracteriza-se principalmente pela coloração amarela viva no ventre e uma listra branca no alto da cabeça, além do Vocal|canto que nomeia o animal. Considerado um dos pássaros mais populares do Brasil, é um dos primeiros a vocalizarem ao amanhecer.
 
 
Medindo cerca de 23,5 [[centímetro|cm]], caracteriza-se principalmente pela coloração amarela viva no ventre e uma listra branca no alto da cabeça, além do [[Vocal|canto]] que nomeia o animal. Considerado um dos pássaros mais populares do Brasil, é um dos primeiros a vocalizarem ao amanhecer.
 
  
 
== Morfologia ==
 
== Morfologia ==
 
[[Ficheiro:Bem-Te-Vi.jpg|thumb|direita]]
 
[[Ficheiro:Bem-Te-Vi.jpg|thumb|direita]]
Constitui em uma ave de médio porte, medindo entre de 22 e 25 [[Centímetro|cm]] de comprimento para aproximadamente 60 [[grama]]s. Tem uma coloração parda no dorso; amarela viva na barriga; uma listra (sobrancelha) branca no alto da cabeça, acima dos olhos; cauda preta. O bico é preto, achatado, longo, resistente e um pouco encurvado. A garganta (zona logo abaixo do bico) é de cor branca. Não há [[dimorfismo sexual]] entre a espécie.
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Constitui em uma ave de médio porte, medindo entre de 22 e 25 Centímetro|cm de comprimento para aproximadamente 60 gramas. Tem uma coloração parda no dorso; amarela viva na barriga; uma listra (sobrancelha) branca no alto da cabeça, acima dos olhos; cauda preta. O bico é preto, achatado, longo, resistente e um pouco encurvado. A garganta (zona logo abaixo do bico) é de cor branca. Não há dimorfismo sexual entre a espécie.
  
 
== Ocorrência ==
 
== Ocorrência ==
É uma ave típica da [[América Latina]], com uma distribuição geográfica que se estende predominantemente do sul do [[México]] à Argentina, em uma área estimada em 16.000.000&nbsp;km².<ref>[http://www.iucnredlist.org/search/details.php/50090/all IUCN Red List of Threatened Species: Pitangus sulphuratus]</ref> Entretanto, pode também ser encontrada no sul do [[Texas]] e na ilha de [[Trinidad]]. Foi introduzida nas [[Bermudas]] em [[1957]], importadas de Trinidad,<ref>[http://www.bermuda-online.org/fauna.htm Bermuda's Fauna]</ref> e na década de [[1970]] em [[Tobago]]. Nas Bermudas, são a terceira espécie de ave mais comum, podendo atingir densidades populacionais de 8 a 10 pares por hectare.<ref name="ADW">Hsiao, A. 2001. "Pitangus sulphuratus" (On-line), Animal Diversity Web. Acesso a 17 de julho de 2006 em http://animaldiversity.ummz.umich.edu/site/accounts/information/Pitangus_sulphuratus.html.</ref>
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É uma ave típica da América Latina]], com uma distribuição geográfica que se estende predominantemente do sul do México à Argentina, em uma área estimada em 16.000.000&nbsp;km².<ref>[http://www.iucnredlist.org/search/details.php/50090/all IUCN Red List of Threatened Species: Pitangus sulphuratus]</ref> Entretanto, pode também ser encontrada no sul do Texas e na ilha de Trinidad. Foi introduzida nas Bermudas em 1957, importadas de Trinidad,<ref>[http://www.bermuda-online.org/fauna.htm Bermuda's Fauna]</ref> e na década de 1970 em Tobago. Nas Bermudas, são a terceira espécie de ave mais comum, podendo atingir densidades populacionais de 8 a 10 pares por hectare.<ref name="ADW">Hsiao, A. 2001. "Pitangus sulphuratus" (On-line), Animal Diversity Web. Acesso a 17 de julho de 2006 em http://animaldiversity.ummz.umich.edu/site/accounts/information/Pitangus_sulphuratus.html.</ref>
 
 
É um habitante bem conhecido em todas as regiões brasileiras, podendo ser encontrado em cidades, matas e ambientes aquáticos como lagoas e rios. Pode-se vê-lo facilmente cantando em fios de telefone, em telhados ou banhando-se nos tanques ou chafarizes das praças públicas. Como podemos ver, possui grande capacidade de [[adaptação]].
 
 
 
É uma das aves mais populares no [[Brasil]]. Anda geralmente sozinho, mas pode ser visto em grupos de três ou quatro que se reúnem habitualmente em antenas de [[televisão]].
 
 
 
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|+ '''Lista de países e locais onde pode ser encontrado'''
 
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| [[Argentina]]
 
| [[Belize]]
 
| [[Bermudas]]
 
| [[Bolívia]]
 
| [[Brasil]]
 
| [[Chile]]
 
|-bgcolor="#EFEFEF"
 
| [[Colômbia]]
 
| [[Costa Rica]]
 
| [[Equador]]
 
| [[El Salvador]]
 
| [[Ilhas Malvinas]]
 
| [[Guiana Francesa]]
 
|-----
 
| [[Guatemala]]
 
| [[Guiana]]
 
| [[Honduras]]
 
| [[México]]
 
| [[Nicarágua]]
 
| [[Panamá]]
 
|-bgcolor="#EFEFEF"
 
| [[Paraguai]]
 
| [[Peru]]
 
| [[Geórgia do Sul]]
 
| [[Ilhas Sanduíche do Sul|Sanduíche do Sul]]
 
| [[Suriname]]
 
| [[Trinidad e Tobago]]
 
|-----
 
| [[Estados Unidos]]
 
| [[Uruguai]]
 
| [[Venezuela]]
 
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|}
 
 
 
Para uma melhor visualização da sua área de distribuição poderá consultar [http://www.bsc-eoc.org/avibase/avibase.jsp?pg=map&lang=EN&id=2B9795F8D2B7B72A&ts=1153241794074 este mapa] (''nota'': ocorrência/ausência por país/região e não área de distribuição concreta). A ave não ocorre nem na costa ocidental da [[América do Sul]] nem no extremo sul (exemplo: [[Terra do Fogo]]).
 
 
 
== Canto ==
 
[[Ficheiro:Pitangus-3.ogg|thumb|right|[[Ficheiro:Sound-icon.png|20px]] Escutar o canto]]
 
O seu canto trissilábico característico enuncia as sílabas ''BEM-te-VI'', que dão o nome à espécie. Portanto, seu nome popular possui origem [[onomatopéia|onomatopéica]]. Seu canto pode ser também dissilábico, emitindo um ''BI-HÍA'' ou ainda monossilábico, quando escutamos um ''TCHÍA''.
 
 
 
Os cantos têm sonoridades diferentes consoante o local. É uma das razões de serem utilizados vários nomes comuns para esta espécie.
 
 
 
== Reprodução ==
 
[[File:Ovos de Bem-te-vi.jpg|direita|thumb|Ovos de Bem-te-vi]]
 
[[Ficheiro:Bem-te-vi e gavião REFON.jpg|direita|thumb|Bem-te-vi enfrentando um [[gavião]].]]
 
[[File:Pitangus sulphuratus 1.jpg|thumb|Um bem-te-vi se alimentando de uma banana]]
 
 
 
Constrói o ninho com capim e pequenas ramas de vegetais em galhos de árvores geralmente bem cerradas. Pode inclusive utilizar para construir o seu ninho, sobretudo em zonas urbanas, material de origem humana: papel, plástico e fios. Seu [[ninho]] tem uma forma fechada e esférica com a entrada na parte lateral (diferentemente dos ninhos em forma de xícara, a entrada é pelo lado), medindo cerca de 25&nbsp;cm de diâmetro, geralmente é construído no topo de árvores altas, na forquilha de um galho, mas é muito comum também vê-lo nas cavidades dos geradores de postes, podendo ficar entre 3 e 12 [[metro|m]] do solo.
 
 
 
Além de construir o ninho o casal divide as tarefas de cuidar da prole. Na época do acasalamento próximo ao ninho, macho e fêmea cantam em dueto, batendo as asas ritmicamente.<ref>http://www.ibb.unesp.br/Museu_Escola/Ensino_Fundamental/Animais_JD_Botanico/aves/aves_biologia_geral_ninhos.htm</ref>
 
 
 
Põe cerca de três a quatro ovos cônicos e brancos com pintinhas pretas (lembrando ovos de codorna). Eles são brancos logo após a postura, mas após um tempo passam a ficar amarelados. Os ovos medem 31 x 21 milímetros e são incubados pelo casal. São cônicos com pintinhas pretas como os ovos de codorna, após a eclosão seu desenvolvimento é [[altricial]] (nasce quase sem penas com olhos fechados, não voa nem anda): <ref>http://www.ibb.unesp.br/Museu_Escola/Ensino_Fundamental/Animais_JD_Botanico/aves/aves_biologia_geral_ninhos.htm</ref>
 
 
 
::Época de reprodução: setembro a dezembro.<br />
 
::Número de ovos: 3 a 4 ovos.<br />
 
::Incubação:17 dias.<br />
 
 
 
São aves [[monogamia|monogâmicas]] e quando da nidificação o território circundante ao ninho é defendido vigorosamente, podendo vir a ser agressivo com outros pássaros e até mesmo outros animais ao se sentir ameaçado. Por esta razão que faz parte da família dos [[tiranídeos]] (de [[Tirania|tirano]]). É comum vê-los dando rasantes em aves de rapina (principalmente [[gavião|gaviões]]) que entram no seu território.
 
 
 
== Alimentação ==
 
Possui uma variada alimentação. É [[insetívoro]], podendo devorar centenas de insetos diariamente. Mas também come frutas (como bananas, mamões, maçãs, laranjas, pitangas e muitas outras), ovos de outros passarinhos, flores de jardins, minhocas, cobras, pequenas  cobras, lagartos, crustáceos, além de peixes e girinos de rios e lagos de pouca profundidade.  Costuma comer parasitas ([[carrapato]]s) de bovinos e equinos. Atrapalha a [[apicultura]] por ser predador de [[abelha]]s. Apesar de ser mais comum vê-lo capturar insetos pousados em ramos, também é comum atacá-los durante o vôo. Atacam também ninhos de outras aves, como a [[cambacica]].
 
 
 
Em suma, é uma ave que está sempre descobrindo novas formas de alimento. Devido ao seu regime alimentar generalista, por vezes poderá ajudar a controlar pragas de insectos, como por exemplo, sabe-se que esta ave se alimenta de répteis do género ''[[Anolis]]''. Estes répteis, por sua vez, alimentam-se de escaravelhos predadores de insectos. A ave, ao fazer diminuir o número de répteis, fará com que sobrevivam mais escaravelhos, que aumentando o seu número, poderão controlar (diminuir) o número das suas presas (neste caso, insectos, que poderão em certas circunstâncias serem consideradas pragas, prejudicando as actividades humanas).<ref name="ADW"/>
 
 
 
Como é uma ave de hábitos que se adaptam muito rapidamente pode, também, se alimentar da ração de cachorros, gatos, e outros animais de estimação.
 
 
 
== Ecologia ==
 
Tem um importante papel na dispersão de [[semente]]s. Em áreas de [[cerrado]] do estado de São Paulo, é uma das aves mais importante na dispersão de sementes da espécie ''[[Ocotea pulchella]]'' Mart.<ref>FRANCISCO, MERCIVAL R. and GALETTI, MAURO. Birds as potential seed dispersers of Ocotea pulchella Mart. (Lauraceae) in a cerrado area from southeastern Brazil. Rev. bras. Bot. [online]. Mar. 2002, vol.25, no.1 [acesso em 17 de julho de 2006], p.11-17. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-84042002000100003&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0100-8404.</ref>
 
 
 
Em certas regiões poderá ser [[migração|migratória]].
 
 
 
Segundo a ''Lista Vermelha de Espécies ameaçadas'' da [[IUCN]], esta ave tem um estado de conservação de ''Segura'' ou ''pouco preocupante'' (Least Concern)
 
<ref>{{IUCN2006
 
|assessors= BirdLife International
 
|ano=2004
 
|id=50090
 
|título =
 
|data=18 de junho de 2006}}</ref>. A população mundial está estimada em 5.000.000 a 50.000.000 indivíduos (Rich et al. 2003).
 
 
 
== Subespécies ==
 
[[Ficheiro:Mergulho do Bem-te-vi REFON .jpg|direita|thumb|225px|Um bem-te-vi se [[banho|banhando]].]]
 
Segundo a [http://www.bsc-eoc.org/avibase/avibase.jsp?ts=1153239960947&pg=search&qstr=Pitangus&qlang= Avibase - The World Bird Database] as subespécies são:
 
* ''Pitangus sulphuratus argentinus''
 
* ''Pitangus sulphuratus bolivianus''
 
* ''Pitangus sulphuratus caucensis''
 
* ''Pitangus sulphuratus derbianus''
 
* ''Pitangus sulphuratus guatimalensis''
 
* ''Pitangus sulphuratus maximiliani''
 
* ''Pitangus sulphuratus rufipennis''
 
* ''Pitangus sulphuratus sulphuratus''
 
* ''Pitangus sulphuratus texanus''
 
* ''Pitangus sulphuratus trinitatis''
 
 
 
== Denominações noutras línguas ==
 
* [[Língua alemã|Alemão]]: Schwefeltyrann ou Schwefelmaskentyrann
 
* [[Língua checa|Checo]]: tyran bentevi
 
* [[Língua dinamarquesa|Dinamarquês]]: Kiskadie
 
* [[Língua espanhola|Espanhol]]: Bienteveo Común / Cristofué
 
* [[Língua finlandesa|Finlandês]]: naamioväijy
 
* [[Língua flamenga|Flamengo]]: Grote Kiskadie
 
* [[Língua francesa|Francês]]: Tyran quiquivi
 
* [[Língua italiana|Italiano]]: Pitango solforato
 
* [[Língua japonesa|Japonês]]: キバラオオタイランチョウ (kibaraootairanchou)
 
* [[Língua polaca|Polaco]]: bentewi wielki
 
* [[Língua russa|Russo]]: Большой кискад
 
* [[Língua sueca|Sueco]]: Större kiskadi
 
 
 
{{Referências|Notas e referências}}
 
  
=== {{Ver também}} ===
+
É um habitante bem conhecido em todas as regiões brasileiras, podendo ser encontrado em cidades, matas e ambientes aquáticos como lagoas e rios. Pode-se vê-lo facilmente cantando em fios de telefone, em telhados ou banhando-se nos tanques ou chafarizes das praças públicas. Como podemos ver, possui grande capacidade de adaptação.
* [[Tyrannidae]]
 
:* [[Philohydor lictor|Bem-te-vizinho]]
 
:* [[Megarynchus pitangua|Nei-nei]]
 
:* [[Tyrannus melancholicus|Suiriri]]
 
* [[Coereba flaveola|Cambacica]]
 
  
== {{Ligações externas}} ==
+
É uma das aves mais populares no Brasil. Anda geralmente sozinho, mas pode ser visto em grupos de três ou quatro que se reúnem habitualmente em antenas de televisão.
{{Correlatos
 
|commons    = Pitangus sulphuratus
 
|wikisource  =
 
|wikiquote  =
 
|wikilivros  =
 
|wikinoticias =
 
|wikcionario  = bem-te-vi
 
|wikispecies  = Pitangus sulphuratus
 
}}
 
* {{Link||2=http://www.saudeanimal.com.br/bemtevi.htm |3=Saúde Animal - Bem-te-vi}}
 
* {{Link||2=http://www.vidadecao.com.br/cao/index2.asp?menu=curiosidade_bemtevi.htm |3=Web Animal - Bem-te-vi}}
 
* {{Link||2=http://ibc.hbw.com/ibc/phtml/especie.phtml?idEspecie=5121 |3=Videos em ''The Internet Bird Collection''}}
 
* [http://www.xeno-canto.org/locations.php?query=Pitangus%20sulphuratus várias localidades] podem ser ouvidos [http://www.xeno-canto.org/browse.php?query=Pitangus%20sulphuratus&lang=port Cantos de bem-te-vi]
 

Edição atual tal como às 19h51min de 12 de fevereiro de 2012

O bem-te-vi é uma ave passeriforme da família dos tyrannidae|tiranídeos de nome científico Pitangus sulphuratus, que provêm de pitanga guassu, ou seja, pitanga grande, forma pela qual os Povo indígena|índios brasileiros tupi-guarani o chamavam; e do latim sulphuratus, pela cor amarela como enxofre no ventre da ave. A espécie é ainda conhecida pelos índios como pituã, pitaguá ou puintaguá. Outras apelações existentes são triste-vida, bentevi, bem-te-vi-verdadeiro, bem-te-vi-de-coria, tiuí, teuí, tic-tiui e siririca (somente para fêmeas). A versão portuguesa da palavra se assemelha com a anglófona: great kiskadee. Na Argentina é conhecido como bichofeo, vinteveo e benteveo; na Bolívia como frío; e na Guiana Francesa como quiquivi ou qu'est-ce qu'il dit.<ref>Predefinição:Fr Armand Massé (1878-1884), Journal, Volume 2, publicado como De la Vendée aux Caraïbes, Armand Massé, Dominique Rézeau, 1995, :fr:Éditions_L'Harmattan|L'Harmattan, p. 364.</ref>

Os únicos representantes do género Pitangus eram o bem-te-vi e a espécie Pitangus lictor,<ref>BirdLife Internacional</ref> porém atualmente só uma espécie enquadra-se neste género, o próprio bem-te-vi. A espécie Pitangus lictor agora é sinonímia da atual Philohydor lictor, o bem-te-vizinho.<ref>FRISH, JOHAN DALGAS e FRISH, CHRISTIAN DALGAS. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem. 3ª ed. São Paulo, SP. 2005.</ref>

A escrita bentevi não é reconhecida pelo Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.<ref>Sistema de Normalização de Documentos da UnB</ref>

Medindo cerca de 23,5 centímetro|cm, caracteriza-se principalmente pela coloração amarela viva no ventre e uma listra branca no alto da cabeça, além do Vocal|canto que nomeia o animal. Considerado um dos pássaros mais populares do Brasil, é um dos primeiros a vocalizarem ao amanhecer.

Morfologia

Bem-Te-Vi.jpg

Constitui em uma ave de médio porte, medindo entre de 22 e 25 Centímetro|cm de comprimento para aproximadamente 60 gramas. Tem uma coloração parda no dorso; amarela viva na barriga; uma listra (sobrancelha) branca no alto da cabeça, acima dos olhos; cauda preta. O bico é preto, achatado, longo, resistente e um pouco encurvado. A garganta (zona logo abaixo do bico) é de cor branca. Não há dimorfismo sexual entre a espécie.

Ocorrência

É uma ave típica da América Latina]], com uma distribuição geográfica que se estende predominantemente do sul do México à Argentina, em uma área estimada em 16.000.000 km².<ref>IUCN Red List of Threatened Species: Pitangus sulphuratus</ref> Entretanto, pode também ser encontrada no sul do Texas e na ilha de Trinidad. Foi introduzida nas Bermudas em 1957, importadas de Trinidad,<ref>Bermuda's Fauna</ref> e na década de 1970 em Tobago. Nas Bermudas, são a terceira espécie de ave mais comum, podendo atingir densidades populacionais de 8 a 10 pares por hectare.<ref name="ADW">Hsiao, A. 2001. "Pitangus sulphuratus" (On-line), Animal Diversity Web. Acesso a 17 de julho de 2006 em http://animaldiversity.ummz.umich.edu/site/accounts/information/Pitangus_sulphuratus.html.</ref>

É um habitante bem conhecido em todas as regiões brasileiras, podendo ser encontrado em cidades, matas e ambientes aquáticos como lagoas e rios. Pode-se vê-lo facilmente cantando em fios de telefone, em telhados ou banhando-se nos tanques ou chafarizes das praças públicas. Como podemos ver, possui grande capacidade de adaptação.

É uma das aves mais populares no Brasil. Anda geralmente sozinho, mas pode ser visto em grupos de três ou quatro que se reúnem habitualmente em antenas de televisão.