Robin Hood

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ana fradique

Robin Hood Project Democratization of Finance Finance as a place of creation

Existem dois tipos de linguagem nos slides, parte pretende mover como um camaleão de forma oportunista para conseguir fazer passo a passo aquilo que pretende.

- É um processo, uma agenda contínua. O projeto tomas formas diferentes que envolvem processos diferentes. Mas como ideia é livre, como processos devem ser opensource. É como nosso coração, e está vivo. São 6 anos de trabalho já.

- Vou contar o caminho que fizemos desde 2010 até hoje, começando com o coletivo de artistas e economistas, até chegarmos a tecnologias e possibilidades como essas das organizações autônomas descentralizadas (DAOs) e finanças peer to peer.

- A ideia é oferecer instrumentos e meios (inclusive econômicos) para aqueles que não tem acesso, dentro dessa ideia de democracia. Acesso não é só distribuição de renda e capital em si, mas acesso aos espaços onde o dinheiro é criado. E fomentar serviços que sirvam a nossas necessidades e sonhos.

- Finanças é o sistem de governança mais poderoso e que foi retirado de nós. Não a podemos usar, não serve para nós. È quase sagrado. Então estamos trabalhand ocom a ideia de não ser soment explorado e ter que pagar as contas. Começamos num contexto europeu em 2010, para dizer que a finança é nossa, é para nós. E queremos uma finança sem instituições centralizadas.

- Finanças: bolsa de valores, stock exchange, wall street.

- A finança pode ser um lugar de criação, e uma tecnologia que tras oportunidade. Mas é como se não temos acesso ao sistema operacional, então decidimos hackear as finanças. Assim, trabalhamos 2011 inteiro para fundar a cooperativa robin hood em 2012.

- Estávamos na academia, um grupo de economistas e artistas, com trabalhos teóricos longos e densos, olhando as transformações na naturezação do trabalho e da economia. Olhando para o processo de financeirização da economia, precariedade, relação com estado e relação patronal, mas também no nível psíquico, de relações internas e externas. Também estávamos estudando o protesto, nesse momento onde estamos cansados, o que significa. E pensamos a resistência por dentro: outra maneira de ocupar wall street.

(video) There is no outside

- Estávamos na finlandia, 6, 7 pessoas, pensando em tudo isso, e apareceu um contato com uma possibilidade de trabalhar com Trading Algorithms. Começamos num contexto universitário, sem saber todos os caminhos e todas as possibilidades.

- Criamos uma cooperativa finlandesa com suas regras específicas. Esse algoritmo não é nosso único meio de produção, nosso único recurso. Esse algoritmo analisa milhões de transações diárias (wall street, chicago, mais alguma), e agrupa os agentes que estão tendo lucro consistentemente com determinada ação. Daí nós imitamos o que eles fazem. E tivemos resultados muito bons. O algoritmo se chama parasita.

Pergunta: para fazer o parasita na bolsa, é a cooperativa que aparece? Resposta: precisamos de uma corretora, para sermos uma corretora precisaríamos de outra legislação. Comentário: todos usam um terminal chamado bloom.

Pergunta: o parasita só vocês podem usar ou é liberado? Resposta: Não é open source, o autor não abre o código, isso é uma limitação grande, até com todo o discurso que desenvolvemos até aqui. O desenvolvedor começou a uns 20 anos, e está começando a usar com clientes.

- Estrutura da cooperativa: fundada na finlândia, responde às leis finlandesas e europeias. Membros pagam 30 euros uma vez, e depois compram ações da cooperativa. A primeira ação é obrigatória e garante direitos dos membros e votos na assembléia. Cada membro tem 1 voto, independente de quantas ações tem na cooperativa. Esse dinheiro compõe um bolo, e esse bolo é investido.

- Existem vários tipos de ação, você pode escolher entre dedicar/alocar lucro ou perda para você mesmo, ou para projetos. Um ponto importante é que financiamos projetos numa definição muito ampla. Pensamos que queríamos dar algum descanso afetivo, ou produzir uma possibilidade de dinheiro que não está associado a trabalho, que é gerado como é gerado na alta finança. Pensamos em trabalhar com pensões ou com financiamento de artistas. Mas percebemos rapidamente que o lucro deveria ser colocado em projetos que fossem maiores que eles mesmos, commons, e dando a ética estrutural do projeto, que seria expropriar diretamente do cu da finança, e levar esse recurso não só pra movimentos paralelos mas também na contra mão.

- Começamos em 2012, em 2015 fizemos o primeiro e único round de financiamento. Tivemos 50 candidaturas e o comitê de voluntários escolheu 3 projetos: cooperativa integral catalã, a rádio esquizoanalitique (autonomia e empoderamento de comunidade sofrendo com a mineradora eldorado) e a casa nuvem no RJ (espaço artístico aberto).

- Em 2015 e 2016 o mercado financeiro foi ruim, e o dinheiro que tinha decidimos investir na própria cooperativa, para superar algumas obsolescências.

- Começamos a olhar para blockchain como uma solução.

- Para retirar seu dinheiro na melhor das hipóteses são 6 meses, na pior das hipóteses 1 ano e meio. Essa tecnologia do blockchain também dá pra resolver isso.

- blockchain: arquitetura digital de como essa e outras criptomoedas funcionam. É um livro contábil público e criptográfico. Nesse livro você registra interações/transações. O que as criptomoedas fazem não é muito mais do que fazem as moedas fiduciárias, mas a tecnologia do blockchain está amadurecendo, e você consegue codificar relações mais complexas. Como por exemplo sistemas de votos e outros que permitem que você faça design de organizações. Como esses livros são públicos e estão abertos, distribuidos, você começa a ter organizações descentralizadas e distribuídas. São protocolos chamados "smart contracts".

- Por várias questões, entre elas a legal, percebemos que tínhamos que operar nos EUA, onde as leis são mais avançadas, como por exemplo crowd funding. Registramos robin hood services como Benefit Corporation em Nevada. Consultamos um advogado, vimos que não teríamos problema com o nome. Percebemos então que precisaríamos ir para o vale do silício.

- Sem saber nada de finanças, fizemos um hacking social com imaginação, criatividade.

- Percebemos então que era melhor mudar de nome por questão de marketing e outras questões. A história do robin hood já não estava servindo. Ele atua nas hierarquias estabelecidas, trabalha com o sistema que tem. Com a blockchain, entendemos que podíamos criar estruturas novas, que são para uma geração que está na rede social, que está mais próxima de relações p2p. Em duas horas tivemos que bolar um nome novo: ECSA - economic space agency.

- Há aí uma mudança de discurso, de monstrinhos para derrubar o capital vamos para uma imagem de convencer investidores, e compartilhar com mais gente. Oferecer ferramentas que você possa replicar. Nem sempre pretendendo que haja uma rede global, mas que as coisas possam ser replicadas, as combinações monstruosas possam ser usadas facilmente. Step into the New Economic Space.É uma startup na califórnia, alugamos uma casa para contratar os programadores.

- Blockchain é ótima para instituições financeiras, então eles tem pesquisa, equipes, e muita grana nisso. O que poderia a blockchain fazer para eliminar as instâncias intermediárias, que fazem as verificações. Relatório da união europeia tinha uns diagramas lindos com cruzes vermelhas assinalando todas as instituições que poderiam cair. A conclusão do relatório é que a transição vai ser suave, não haverá revolução.

- Pensamos que nossa estratégia seria não trabalhar numa abordagem mais comum de desenvolvimento de produto, mas sim ter um customer approach, ou seja, desenvolver o trabalho através de uma interação com o cliente. São projetos vários que precisam de ferramentas para se financiar. Temos trabalhado com vários casos de uso.

- Uma advogada que tem um projeto chamado erradicate ecocide, levar a lei do ecocidio as leis institucionais, como foi com o genocidio depois da segunda guerra. Já houve tentativas, mas ainda não a lei que responsabiliza governos e grandes corporações por desastres ambientais. Junto com ela estavamos desenvolvendo uma plataforma -- um hack judicial -- porque ela precisava de um numero de assinaturas. Fizemos um trust na blockchain, as pessoas fazem uma doação, com essa doação assinam o documento.

- Pequenos estados ilha, associado a exploração petrolífera e subida dos oceanos. A ideia é que a plataforma também servisse de ferramenta de desenvolvimento de projeto e organização. Cada estado ilha estão espalhados pelo mundo e tiram ações para se proteger. Seria uma maneira de essas pessoas se comunicarem, se financiarem.

- Também estivemos falando com a Mozilla, que tem programas para jovens programadores, que muitas vezes nao sabem ver o resultado de seus desenvolvimentos. É uma empresa que não tem nada a ver com ativismo.

- Menina indígena que quer acesso a uma escola mas não quer lidar com turismo. Como ela poderia aceder a os serviços públicos de saúde e educação.

- Quem tem mais dificuldade de encontrar financiamento? Indígenas já tiveram que ir para a cidade. Eles não tem o financiamento e proteção igual àqueles que estão nas florestas.

-Desenvolvimento de plataformas coligadas. Exemplo da escola de teatro de SP. A plataforma é "tokenizada" - Kairos é o token desta plataforma do exemplo, que também funciona como token de votação. Perfis são criados, lembrando a ideia de "rede social".

- A escola já está fazendo uma replicagem do modelo de escola na Suécia, com princípios democráticos escalares. Os vários casos apresentados apresentam diferentes protocolos. Numa segunda fase, é possível que haja combinações. Um aplicativo pode combinar duas partes. Há um trabalho curatorial, de análise. Numa terceira etapa a vontade de que o usuário molde seu espaço econômico, amplificando ferramentas.


As blockchains estão nos estágios iniciais de experimentação. Um breve comentário sobre a criptomoeda Ethereum é feito, apontando para o caso do ataque e do hardfork de uma blockhain no lançamento da TheDAO.

E ECSA está em estágio avançado de desenvolvimento. Estão tentando resolver alguns problemas e soluções da tecnologia da blockchain.


Assim, foi este ocaminho de resolver um “probleminha”, no intuito de massificar oacesso, e que as finanças sejam um instrumento acessível. Ablockchain automatiza relações definidas por um grupo, seguindo umcerto protocolo. Os modos de interação dependem dos usuários e do“white paper”. Pode-se imaginar destas tecnologia tudo aquilo queo direito romano não permite.

Como a cooperativa realmente cria o uso comum? Os espaçoseconômicos que vivemos não são habitáveis, a tentativa é decriar esses espaços. O obejtivo da cooperativa reside também naacessibilidade e no corte de dinheiro de bancos de investimentos.Pessoas que tem pouco dinheiro, não podem entrar em grandes fundosde investimentos. Jogar o jogo, também. A maioria dos membros dacooperativa, aproximadamente, 1000, não colocaram muito dinheiro,mas o fizeram por um ato político. Dúvidasapresentadas pela Juliana. O objetivo é queesses novos passos sejam todos open-source, ao contrário doParasite. Instrumentos acessíveis ponto-a-ponto, peer-to-peer. Iván comentaretrospectivamente, falando da Finlândia. A cooperativacontinua na Finlândia, outra em Nevada e a casa em Palo Alto. A de Nevada foiabandonada, a vantagem do desconto do “benefit corportation” nãocompensava. ICO – Initial CoinOffering, mas também Initial Crowd Offering. Essas tecnologias estãomudando o mundo dos investimentos. Começaram a trabalhar com umassessor juríridico que traz casos interessantes. Esses produtosnovos não precisam necessariamente trabalhar com mercadosdescentralizados. (Guerrila Foundation,) Talvez aconteça um grant/algum apoio para em algum momento paradesenvolver um novo algoritmo. O algoritmo é cego, investe no queestiver na tendência. A ética está na estrutura da cooperativa, e não no algoritmo. Seria bom desenvolver o “parasita verde”, ou algum tipo de “impactinvestment”, em que há determinados princípios éticos. Este é umprincípio ético, ser um filho da puta. Estão num momento de redefinições, considerando várias possibilidades deprosseguimento. O que faz oalgoritmo? Ele faz um scan de dados brutos das tendências de mercado e imita. O algoritmo ganha e perde. A cooperativa distribuiprêmios para projetos. Os cooperados tem lucros diretos do ativofinanceiro. Num dos casos da ECSA mentcionados anteriormente, p token é também índice de votação. Para o membro sair mais rápido com seu dinheiro, está em elaboraçãoum mercado interno, onde membros podem trocar cotas entre si. Hátambém o mercado do câmbio. Quando se entra na cooperativa, aentrada em euro. O investimento é feito em dólares, mas retorna emeuros, por questões legais. Comentário doAndré, definindo como uma incubadora de projetos, e financiadoratambém. Quais são as semelhanças e diferenças de modelos jáexistentes. A atividade não está necessariamente vinculada àstecnologias, mas quando ela passa a exporar esse campo, na verdadenós estamos nos apropriando desses conceitos. Os artistas são as“antenas”, ou pararraios de atenção. O fato de vocÊs estaremdiscutindo as blockchains, é um sinal interessante. Outra questão sobreexpropriação. “O Parasita”, a princípio André não vê aexpropriação, porque o parasita não mata o hospedeiro. Talvez sejamais uma expropriação informaciona, uma expropriação técnica. Guilherme perguntaaté que ponto você não está fortalecendo o sistema Ana responde que háum arco experimental em curso, no sentido do aprendizado. A nossalinguagem de marca e de indentidade e todo o desenvolvimento revelam bem esse isso. André comenta osistema operacional, se as pessoas que estão usando não tem umadimensão crítica sobre o sistema, há uma atomização daexperiência humanda, uma experiência alientante. A fonte do dinheiroé algo importante de se checar. O que é o “ativismo financeiro”… Entender astecnologias e estes conceitos é uma forma de empoderamento, umaemancipação possível. A ECSA leva essaexperiência um pouco mais ao extremo. Não querem mais trabalhar cominstiuições centrais. O nome oficial é Cooperativa Robin Hood deGestão de Ativos Financeiros. Os ativos da cooperativa não sãosomente financeiros. Artigos da Primavera de Filippi. Comentário sobre aLei Rouanet.