Paloma Oliveira

De wiki da nuvem
Ir para: navegação, pesquisa

Oi oi,

Sou Paloma e o que propus para a residência de inverno foi pensar uma parte do meu mestrado, onde junto a prática de base jump com vestimentas interativas, uma vontade de encontrar uma plasticidade e poética entre essas duas linguagens que parecem tão distantes, mas que são minha vida.

Chamo a esse proejto de: Bio-eletrônica: vestiveis open source como possibilidade de comunicação não verbal e outras coisas.

Como aqui é um recorte de possibilidades, propus ser um projeto de discussões e experimentações com tecnologias vestíveis e sensores biofísicos, circuitos e programação aplicadas para interação entre corpos e dispositivos digitais. Busco uma reflexão a partir da investigação de como se comporta esse corpo que se veste com algo que o permite comunicar-se com dispositivos digitais e outros corpos, uma estrutura que nos comporta e é parte de nosso cotidiano, ajudando a ampliar nossas capacidades humanas.

A idéia é desenvolver tecnologia interativa que pode ser vestida e que possa ler seus dados corporais (batimentos cardíacos, temperatura, oxigênio, etc) e com isso abrir possibilidades diversas de utilização para essa tecnologia: comunicação não verbal, computadores ubiquos, possibilidades médicas, performances audiovisuais,...

site discombobulate.me [1]


1o dia (23 de julho) - Chegada e apresentações

A chegada foi uma preparação para entrar em um tempo bem distinto do que vivo em São Paulo. A própria chegada, passando pela serra, hoje, preenchida de neblina, já prepara para um momento novo que está por vir, um presente, uma pausa da euforia do cotidiano para poder aprofundar a investigação sobre aquilo a que me interessa.

Com as apresentações gerais e conhecendo meus colegas de residência, logo novas possibilidades surgiram. A ver para onde esse momento e esses direcionamentos me levam...

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2o dia (24 de julho) - Ampliação de referências

Primeiro dia de trabalho. Ui, faz muito frio por aqui e chove muito. Planejava conhecer a comunidade, me envolver e desenvolver algo em retorno para a comunidade, mas hoje, pelo menos, não será possível.

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Inicio o dia com um brainstorm, palavras chave para o projeto em desenvolvimento baseada na pesquisa prévia e na conversa de ontem, chego a algumas, agora passo o dia investigando suas potências.

  • gramáticas para um salto libertador da base
  • tecnologias incorporadas ao cotidiano
  • corpo como infraestrutura
  • infraestruturas móveis
  • movimentos corporais baseados em tecnologias cotidianas incorporadas
  • alimentação/ energia natural
  • poética do "lançar-se"
  • poéticas de estar fora da base (espaço e tempo)

Chuva incessante, o frio pediu que ficassemos proximos a lareira.

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Enquanto havia internet pesquisei algumas novas referências, mas o tempo pode ser um ato cruel se não colocamos sempre atenção a ele, nos "comendo por trás e sem aviso". Decidi começar a produção, é um projecto de longa data sendo construído, precisa nascer. Iniciei com os rascunhos, investigando possíveis plasticidades e "gramáticas".

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Depois foi o teste do pulse sensor, fazendo com que meu corpo e minha mente voltassem ao modulo "programação de electrónicos", que exige um tipo de concentração e raciocínio distintos do meu quotidiano. Exige um esforço.

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3o dia (25 de julho) - Desenho de vestimenta e circuito

Chuva. Mas hoje é dia de me envolver com a programação e eletrônica, atenta ao cronograma de tirar as duvidas técnicas com Bruno amanhã. Ainda sem internet, o que vai demandar ainda mais concentração. ...

Sem chuva, internet de volta, visita de Mel e alguns experimentos mais. Comecei a desenhar o sistema que idealizo, agora verificando as possibilidades...

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3 estudo vestimenta.jpg 3 rascunho circuito.jpg


Algums dúvidas vão surgindo, a começar, de hardware:

  • tenho pinos suficientes no arduino?
  • tenho energia (tensão e corrente) suficientes?
  • tenho memória de processamento sufuciente?
  • que portas preciso para cada sensor? um arduino UNO ou lilypad da conta de todos? Se precisar de 2, como os comunico?

Não sei como responder a essas questões... mas bora descobrir ;)


E de software:

  • como faço as coisas conversarem?
  • como programo cada um dos sensores? Seria melhor programá-los individualmente antes?
  • Como comunico esses dados com o Xbee? Xbee aceita qualquer tipo de dado? Até da câmera? (MUITAS duvidas sobre Xbee)


Alguns links interessantes que talvez me ajudem a responder essas perguntas:

4o dia (26 de julho) - Pulse Sensor + Arduino Uno

SOOOOOOOOOOOL! Si, asi nos despertamos más contentos :)

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Ana trabalhando em seus tijolos & Júlia ensinando a todos os segredos da tapioca feita direto com o polvilho doce 4 ana tijolos.jpg 4 tapioca julia.jpg


Bruno chegou com toda a doçura e boa vontade para dar uma SUPER força a todos :)

  • Bruno e Oscar/ Bruno e Vitor

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E mãos a obra! Agora tenho um cronograma melhor direcionado (feliz \o/)

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Hoje: Pulse Sensor e X-bee. Bora estudar!


Sites estudados hoje


Hoje foi também meu dia de responsável pela nutrição do jantar :) Receita: Strogonof de Abobrinha + Arroz com cenoura + Banana Sobremesa (by Oscar) Brownie com pimenta e castanhas Yamy!

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5a dia (27 de julho) - Xbee Pro + Arduino Uno + Arduino Nano + Pulse Sensor

Dia de testar Xbee. Há pouca documentação tanto para Mac quanto para Linux :/ porque a maioria usa XCTU para configurar, que só tem para Windows. No me gusta.

Acabei conseguindo direto com o CoolTerm, um programa mega simples para configurar o Xbee e disponivel para todas as plataformas. MAS, Bruno me contou um segredinho que não sei por que ninguem usa! É possível fazer essa mesma configuração direto pelo SerialMonitor do Arduino!!!

Conto abaixo a odisséia.

O que tentei fazer hoje foi reproduzir o exemplo do tutorial Audience Jacket que, aliás, é um modelo a seguir! SUPER bem documentado.

Mas fui passando por uma série de erros que não me deixavam seguir o passo a passo. Caso passe pela mesmo situação dramático, lhe passo meu debug passo a passo...


SOLDANDO

SoldaFest no acelerômetro e Lilypad Xbee. Para que? Bom, parte da minha investigação é construir circuitos vestíveis mais estáveis, melhor acabados. Soldar os headers ou, barra de pinos (aquelas barrinhas de metal), ajuda a ter os encaixes entre sensores, shields e arduino mais eficientes e com melhor acabamento. Confesso que tinha um tanto de medinho de soldar as coisas porque pode queimar o circuito :/ mas vale a pena porque senão, especialmente em wearables, fica tudo muito instável e difícil de debugar.

5 soldafest.jpg 5 teste solda xbee shield.jpg

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Bom, algumas coisas importantes para ajudar em futuros debugs...

  • Eu achei que tivesse soldado bem, depois de soldar tomei um super cuidado em testar com o multimetro (se tem corrente passando de ponto a ponto), MAS, aparentemente, grande parte da dor de cabeça do dia foi justo mal contato. Por que? Provavelmente algumas coisas: soldei em lugar aberto, onde a galera estava cortando madeira, deve ter ido bastante poeirinha, ai desprende... que nem colar em superficie com poeira; outro motivo pode ter sido meu medinho de queimar o circuito, o que faz com que não solde direito :/ o estanho tem que colar no circulo de metal da placa, senão não cola rsrs. Ai, quando coloquei na protoboard, soltou :/


METODOS DE COMUNICAÇÃO SHIELD/ ARDUINO

  • Minha 1a tentativa foi, claro, entre Lilypad Xbee + Xbee + Lilypad, mas não trouxe o USB-Serial (FTDI) para ler o Lilypad... então descartei essa hipótese.
  • 2a tentativa foi ligar o Lilypad Xbee na protoboard e da protoboard para o Arduino Uno por jumpers. É necessário conectar: 3.3v, Ground, Rx, Tx. Só 4 cabinhos. Mas não ia. Temos aqui: 2 Xbee Pro serie 1 (meus) + 1 Xbee Pro Serie 2 + 2 Xbee's Serie 2 (normais). NENHUM funcionou!!! Já conto que não funcionou porque estava mal soldado... mas isso descobrimos só depois...

***Para programar o Xbee com o Arduino Uno (ou qq outro modelo que não o Lilypad) é necessário ou tirar o chip ATMega OU conectar com um jumper Reset + Ground. Testei as duas formas e ambas funcionam super bem. CLARO que o quanto menos se mexe, melhor, muito mais simples só conectar com o jumper...

  • O que nos leva a nossa 3a tentativa: Bruno me apresenta o maravilhoso Wire Wrap. Uma ferramentinha batuta, difícil de encontrar, mas que é INCRIVEL para ajudar nesse processo de debug. É uma ferramenta de metal que corta um cabo super fininho (tipo fio de cabelo), ai vc descasca o fio, põe em um buraco e no outro coloca a perninha do sensor ou o jumper e gira. Isso faz com que enrole super bem nas persinhas :) frágil, bom para prototipar, mas mega rapido.

5 wire wrap.jpg 5 xbee wired.jpg

Depois de testar e TODOS os Xbees funcionarem, Bruno ressoldou (GRACIAS!!!) as plaquinhas de Lilypad Xbee e passamos para a fase "programando Xbee".

5 xbee shield arduino2.jpg 5 xbee shield arduino.jpg


PROGRAMANDO XBEE PRO COM ARDUINO UNO E MAC OS

Já adiantei no inicio do texto que programar Xbee e Mac é super mal documentado. Acaba que é MUITO simples. Ou vai pelo CoolTerm, o que está super bem documentado no tutorial da jaqueta ou direto no Serial Monitor do Arduino :D não entendo porque ninguém comenta isso, falta de saber que o SerialMonitor justamente faz essa comunicação entre protocolo Serial e USB.

Por algum motivo, ficou um tempão sem que nenhuma das resoluções (CoolTerm / Arduino) funcionassem... mas ai o CoolTerm funcionou. Confesso que com o SerialMonitor ainda não funcionou depois do OK... mas assim que rolar posto as fotos ;)

Voltando ao diário da vida, dia super agradável, Julia e Ricardo trabalhando no jardim, até almoço no jardim! Nhoque de beterraba da Ana com brigadeiro com café de Vitor. Oscar usando pin da Ada Lovelace (tenho certeza que só para agradar a mim e Cinthia ;) ). Ahhhhhhhh lugarzinho mágico esse ;)

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CIRCUITO

5 com arduino xbee.png 5 circuito xbee.jpg

6o dia (28 de julho) - descanso e orientação geral

Dia de descanso e orientação com Guto e Malu. Muito boa essa oportunidade de poder dialogar de forma aberta e sincera. Orientadores e colegas com opiniões bem pontuais, diretas e expansoras, que fizeram a mente borbulhar ainda mais, mas também direcionar. Massa. Bacana ouvir os colegas e acompanhar seu desenvolvimento, muito bom.


7o dia (29 de julho) - orientações individuais

Dia de Guto e Malu sentarem com cada um e terem uma gostosa conversa no jardim :) E dia de, em pares, conversarmos com um colega de residência sobre seu trabalho. Ou seja, dia de ebulição absoluta para depois concentrarmos e nos aprofundarmos, botando em ordem o pensamento.

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Esse é meu texto, que surgiu depois dessa atenção tão delicada, afetuosa e generosa por parte de todos em relação ao meu trabalho

"São diversos os pontos, as vezes contraditórios, por que perpassam minhas preocupações, micromundos de possibilidades que chamam minha atenção como uma mosquinha buscando a lâmpada e todos com um potencial em si: política DIY e open source no sentido de acessibilidade de processo de "desilusão do mundo", como potência de vias para um mundo mais humanizado e, como diz Julia, "somar" triângulos abertos; corpo mediado por aparatos capazes de "expandi-lo", artifícios do corpo capazes de expandi-lo (respiração, telepatia, etc); formas de comunicação menos predeterminadas por códigos culturais capazes de comunicar níveis mais internos e profundos de consciência e percepção; o corpo como o canal por onde esse fluxo de pensamentos e percepções passa, tanto o corpo que passa pela experiência (vivenciador) quanto o corpo que a observa (espectador/ experienciador); o salto da base para o vazio, o base jump, que me desperta para o mundo e para olhar constantemente para situações que nossa cultura evita, como a morte, e como lidar com isso. O processo ja vivenciado aqui na Nuvem me ajudou a perceber esses caminhos, essas vontades, de forma mais clara do que estava borbulhaste em mim e as diversas trocas que tive me levam a querer, precisar, materializar (output) de todas essas vontades e devaneios. Elaborei um mapa, como se fosse uma curadoria, de todas as formas mentais que surgiram durante os últimos 2 anos de pesquisa e pretendo materializa-las uma a uma, segura de que esse caminho me levara ao que disse Guto "ver o domo inteiro ao inves de somente os triangulos". Começo pelo salto de resende com captação de minha pulsação cardíaca reverberando para o publico. Vou guardar os dados, conversar com os base cumpres e espectadores presentes e trabalhar nessa situação. Na volta de resende trabalharei um pouco (não muito) com esses dados (porque penso que minha noção de programação é muito limitada para lidar com isso agora e sozinha sem meus companheiros de pesquisa) e trabalhar com outras linguagens: foto, video, ritual, pequenos experimentos aproveitando o lugar que me permite essa calma da mente."


8o dia (30 de julho) - 2o teste pulse sensor + xbee/ APP Inventor (meu 1o app para android!!!!)

Os testes com o pulse sensor + xbee continuam super fluindo!!! mas os BPM estão ainda bem instáveis... a ver por que.

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Passo 2 é conseguir usar as utilidades do próprio celular e da comunicação WiFi ao invés de usar arduino para tudo. Usar: acelerômetro, câmera e GPS. Como? Criando um aplicativo que converse com Processing. Por que? Para gerar gráficos com esses inputs durante o salto em tempo real entre saltadores e público ;)

Trabalhando na rede, claro. E sendo subversivos, sempre! BROCOLI UNITED!!!!

8 rede.jpg 8 brocoli united.jpg

Foi então que Bruno me sugeriu o APP Iventor é SUPER simples e abre mil possibilidades para poder personalizar suas próprias necessidades para Android. É realmente MUITO bacana construir meu 1o APP para android :D YEAHHHHHHHHHHHHH. Bem feliz.

Ta aqui :D

Uma Bola Mágica que responde (por som) sua pergunta quando chacoalha o celular. Usando um exemplo simples chamado Magic8Ball e mudei algumas coisinhas... agora ele só responde por voz.

App p magic ball.png

9o dia (31 de julho) - Melhorias APP Android + 2o APP Data Logger

Hoje foi dia de sentar no jardim e tentar compreender melhor, e para utilizações mais avançadas, o APP Inventor. Comecei melhorando o APP de ontem: melhorei os textos, há um intervalo para que o acelerômetro funcione (para não ficar disparando toda hora), mudei o som e tentei criar um timer para que haja um intervalo entre o som que anuncia o texto e o texto, mas esse me parece instável ou não funcionando direito... se eu encontrar o que estou fazendo de errado conto aqui.

Respeitável público, lhes apresento a versão 2 da Bola Mágica :)

Magic2.png

Janela DESIGN

Magic2 desig.png

Janela BLOCKS

Magic2 blocks.png


FONTES DE REFERENCIA


Guias mais completos sobre APP Inventor


Acelerômetro + Vibrar + Text to Speach + Clock/ Timer


APP para coletar dados de Acelerômetro e GPS


DataBase


10o dia (1o de agosto) - APP Inventor: variáveis, condicional, wipe

Uma calculadora que te conta se o resultado é positivo ou negativo e apaga as informações. Nuuuu, quem diria que dá tanto trabalho essa coisinha rsrs

Calculadora condicional wipe.png

10 calculadora design.png

10 calculadora condicional wipe.png


11o dia (2 de agosto) - Passeio por Maringá do RJ e Maringá de MG

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12o dia (3 de agosto) - Continuando APP Inventor/ Fotos "Salto para o Vazio"

Ainda não consegui compreender se o APP Inventor será a ferramenta ideal para trabalhar... não consegui descobrir como acessar seu banco de dados para poder envia-los a outras aplicações (a principio, Processing), nem saber se é possível criar essa lista para armazenar os dados do acelerometro e da camera em um determinado tempo...

Mas encontrei um post bem bacana no Forum, dos desenvolvedores do e-Health, que estão tentando comunicar o arduino com o APP Inventor.


OUTRAS FONTE DE PESQUISA



A parte dos estudos e pesquisas sobre as ferramentas para captação de dados, iniciei uma pesquisa plastica e uma espécie de homenagem a Yves Klein e sua obra "Saut Dans Le Vide". Foto: Mateus Knelsen.

Santo vazio1.jpg Klein.jpeg


13o dia (4 de agosto) - Na batalha pelo APP Inventor/ Fotos "Salto para o Vazio"/ Fotos "gramática para uma vestimenta de base"

Mr. super partner Mateus Knelsen me ajudou SUPER a desvendar o APP Inventor usando seus super poderes de programador e chegamos no 1o passo a decifrar que talvez será possível sim usar o APP Inventor para coletar os dados que pretendo.

Você, leitor, neste momento, já deve se perguntar porque continuo essa angustiante luta por desvendar um software com uma linguagem completamente nova... pois digo que me parece uma alternativa excelente porque o celular como ferramenta me fornece: sensores (acelerometro, GPS, câmera, data logger - sd); uma bateria de longas horas; uma estrutura fechada e sem fios que não compromete a mina segurança.

Com o arduino a montagem do hardware é mais delicada e os debugs são constantes para mante-la... assim sendo, usar boa parte das ferramentas no celular me parece um bom caminho traçado para ser explorado.

Pois aqui está o screen shot de ate onde chegamos com o APP Inventor: verificar que sim estamos acessando o acelerômetro e sim eles estão sendo armazenados. MAS ainda falta um longo caminho...

  • descobrir como manter um banco de dados separado por eixos X, Y, Z e cada um por data e hora (GPS tbm? hummm delicious se sim)
  • descobrir como descobrir qual o limite que esse banco de dados aceita de informações armazenadas
  • descobrir como acessar esse banco de dados posteriormente e do meu computador (para usa-los com processing)


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Com Mateus por aqui também foi mais fácil começar a explorar o que pode ser esse salto para o vazio e essa gramática para um salto de base. Um estudo ainda rascunho, mas que já gosto muito e já tira um pouco a angustia de fazer nascer uma forma-lingua-plastica-estetica :D

Santo vazio2.jpg Gramatica1.jpg


14o dia (5 de agosto) - dia de Base Jump

Ui... dia off para saltar com Julia na ponte da fumaça :), para os curiosos, foi meu 98o salto, falta pouquinho para os 100 ahhhhhhhh

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15o dia (6 de agosto) - App Inventos + Encadernação (Ricardo Garlet) com plástico biodegradável (Ana Laura Cantera)

Ricardo ensinando a encadernar bloquinhos de desenho e Ana ensinando a fazer plástico biodegradável que utilizaremos como capa para nossos bloquinhos :)

15 encadernadora.jpg 15 bloco capa.jpg 15 capas.jpg


Ainda na saga APP Inventor, dei um passo para tras e ainda insisto em fazer de uma forma mais simples, mas meu telefone tem travado e ainda não encontrei o arquivo (como é salvo e onde) no telefone... possivelmente amanhã tentarei a opção abaixo, de chamar um aplicativo Java para poder salvar no SD. Ou seja: não consigo nem testar porque minha CPU chega a 40% só com o pedido de testar um botão! AHHHH nervous... Na investigação...


15 datalogger.png


FONTES DE REFERENCIA

APP desenvolvido por Patrick Doyle que permite salvar no SD


16o dia (7 de agosto) - App Inventor: rooting

Código, parte 1, aparentemente terminado, mas... meu telefone está travando e não consigo acessar os dados para tirá-los do celular. Aparentemente, preciso ter acesso de root no aparelho... lá seguimos por mais essa jornada. O melhor post que encontrei informa o seguinte...

For those who wants to play with the XML file in the root (*) I prepared an example (very rough, made by modifying Taifun's snippet) that I used for my "geological" app (pebbles identification on the rivers here in the neighborood:)). YOU MUST HAVE ROOT ACCESS. I understand that this can be used only personal purposes. file CSV file XML (found in mobile's folder : /data/data/appinventor.ai_lucasccrema.CSVdownload_file/shared_prefs/TinyDB.xml) file ZIP with the AI app The idea was to combine column heading and row heading to create the TiniDB tag.


Código até o momento:

16 datalogger.png

Para baixar:

Data logger qr.png


FONTE DE REFERÊNCIA


17o dia (8 de agosto) - Ritual de dobragem + SciFyMe: vestimenta

Dia de experimentações com video e vestimentas sciFy.

Dobra p.jpg Scifi me low.jpg

18o dia (9 de agosto) - Ritual de dobragem: outros objetos + SciFyMe: gravação

Fotos: Vitor Garcez

Dobra plastico.jpg Dobragem lencol.jpg


Câmera: Bruno Vianna & Julia Botafogo

Atores: Oscar Martin, Paloma Oliveira, Ricardo Garlet e Vitor Garcez

Trilha sonora: Oscar Martin

Figurino: Paloma Oliveira

19o dia (10 de agosto) - Entrevistas

Passei o dia conversando e gravando os colegas residentes para termos um registro do processo.

Para ouvir minha entrevista, feita por Julia Botafogo:

{{#ev:vimeo|72168408}}

20o dia (11 de agosto) - finalização dos trabalhos e bolo sem óleo

Acabou o óleo de bateu a vontade de comer bolo... de acordo com este post (Bolo de Cenoura sem Oleo), batendo claras em neve pode-se não utilizar óleo...

Adaptei a receita do bolo de fubá da mãe e tô tentando esta... a ver se dá certo...


21o dia (12 de agosto) - apresentação e orientação final

O que deveria conter no post final de um processo?


Seus produtos, anseios, desejos, apontamentos futuros?


O exercicio de conter (no sentido de contido) em palavras uma experiência é por si só uma representação demasiado simplista, mas quando esse processo é de tamanha importância, como foi este, talvez acabe pecando no excesso de adjetivos e tom nostálgico. Mas esse é um pecado que escolho cometer.


É necessário separar em partes a experiência de passar esses 21 dias na Nuvem para que possa dar conta de compreender racionalmente o que significou essa vivência.


Do ponto de vista dos “produtos” compreendo ter tido um primeiro e ainda cauteloso contato com experiências plásticas e performáticas do que pode vir a ser a representação de um corpo fluxo, em risco e mediado; de investigar minhas poéticas, de compreender minha percepção de mundo e desses fluxos. Aceitei poéticas, diluí técnicas, permiti provar o gosto do analógico e de outros formatos que não domino; apalpei como uma criança, e com muito humor, dispositivos que poderiam, ou não, dar conta de captar o que tento dizer, mas nem mesmo eu ainda sei, porque não se encontra no plano da racionalidade. Saí por fim do plano das idéias para adentrar no plano da matéria, comecei a parir. Ufa. E aprendi que é necessário parir de tempos em tempos, para não bloquear essa energia; deixar para trás as desculpas, os tempos, as verbas e projetos complexos para aliviar e permitir fluir idéias, nem que seja em rascunhos, esboços, fotos, vídeos... como diz Guto, seguir a intuição e apalpar o desconhecido. Importante. Fez mais sentido o que Ramiro (meu orientador) me diz desde o início, que é necessário botar a mão na massa para que isso me leve a algum lugar. Ainda penso que estou olhando para o lugar errado, não para onde realmente está a potência de meus ideais, mas penso ter retirado as vendas que me bloqueavam por completo.


A convivência intensa, harmônica, humana, afetiva, gostosa com todo o grupo trouxe um sentido de coletividade onde cada tarefa podia ser preenchida sem esforço, fluida. Ao mesmo passo em que houve um respeito muito grande pela individualidade e desejos de cada um, sinto que nossas bordas foram diluindo seus contornos, influenciados pelo olhar do outro. E isso é muito rico. É quando a fórmula 1+1>2 emerge e nos leva sempre para um passo adiante em nossa caminhada. Acompanhar a caminhada do outro traz compreensão a nossa própria caminhada, quando o acompanhamos com afeto, olhamos nos olhos, e nos permitimos ouvir e acolher. Foi um tremendo aprendizado sobre essa escuta verdadeira e acolhimento.


Aprender com a dinâmica do espaço. O espaço reflete bastante as personalidades de Cinthia, Bruno e Luciana. Intenso, cheio de complementaridades e nuances, cheio de sabedoria e busca pela troca. “Nuvem” me parece resumir bem esse lugar entre a terra e os sonhos; entre o palpável e o impalpável; uma natureza em constante movimento e transmutação. Um amigo, Thiago, gosta de definir que “Nuvem” é magia, mas penso o contrário. “Nuvem” me parece o lugar do real, do tempo presente (da qualidade da presença), do comprometimento, onde não é possível manter máscaras, aqui elas não se sustentam; lugar onde tudo se mistura; da gratidão; do pão; da contribuição, onde só é possível se construído em conjunto: da limpeza à nutrição, à mais fina obra.


Aprender com a dinâmica da orientação. Posso assegurar que nunca ouvi e tive diálogos tão interessantes quanto os que aqui ouvi, algo sobre olhar sem pré-concebimentos e regras pré-estipuladas... As trocas se baseavam nessa escuta verdadeira, em buscar a essência do que está por detrás das palavras, um trabalho de escavação da fala e obra do outro. Cientistas curiosos querendo compreender o que, como, onde a para onde, com sabedoria de técnicas e conceitos que sevem para ajudar nas falas e escolhas.


Confesso que em um primeiro momento de revisão me entristeci por achar que não havia tido uma evolução de obra por conta de uma imaturidade de obra, me comparando com os amigos que apresentaram muito claramente suas posturas na própria evolução de suas propostas. E sim, como disse, na Nuvem as máscaras não se sustentam. E meu trabalho tem uma pesquisa plástica muito crua, mas que aqui deu um passo exponencial ao sair do plano das idéias e me fazer olhar por detrás das “tapas” de ilusões quanto a prazos, produtos e necessidades.


Gratidão.