Pão-pãozinho - Tarcísio

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Pão_pãozinho é o nome do projeto, talvez mude, resultou de um contrato nesse ano com uma empresa de auditoria -- contratou para uma oficina sem compromisso de capacitação de mulheres do bairro CDHU em torno da produção de ervas para terem em volta de suas casa hortas e conhecimento em produção de ervas, principalmente aromáticas mas também medicinais. Objetivo: 4 meses para da erva chegar na produção de pão. Chegando ao empoderamento feminino também chegar a outros objetivos, inclusive chegando à saúde.

Pão diferenciado, conhecimento da produção od trigo, da mistura que vai compor a receita, que inclui linhaça, centeio, aveia, girassol, mas também alimentos liofilizados (em pó) como beterraba, cenoura, tomate e espinafre, que transformam os pães em pães coloridos. Laranja, roxo, vermelho, verde. Trazem sabor também. Tudo isso fomenta a agricultura orgânica. O paladar associado também tem ligação com a origem da produção. Palavra chave: escala.

Depois de 4 meses de capacitação, em uma segunda fase produzir os pães apenas com energia solar. Tripé: plantio de árvores, agricultura orgânica, produção em escala. Estamos habilitados na norma 482 da Aneel, que prevê que cada um de nós pode ser produtor de energia elétrica e enviar para a rede. A norma vem sendo atualizada, por causa de lobby, interesses. Hoje, as concessionárias são obrigadas a comprar a energia. A energia pode ser associada entre produtores sócios, que não precisam estar vizinhos na mesma rede. A rede vai do transformador até os pontos de uso. Cada quarteirão pode formar uma ou mais redes. Nessa nova atualização, sendo na mesma concessionária, as pessoas/grupos podem estar associadas para gerar um volume comum.

O uso massivo da energia solar habilita a entrar no PEE - Programa de Eficiência Energética. 0,05% da receita operacional líquida das concessionárias é obrigado a retornar para a sociedade via PEE. CPFL Campinas, 9,2 milhões de reais. PEE é um calhamaço, foi uma conquista. Antes, as companhias pegavam esse dinheiro e usavam em programas internos. Por causa do momento político, foi forçado através de lobby que o dinheiro do PEE fosse investido através de chamados públicos. Existem várias categorias de consumidores, rurais, industriais, etc. Esse dinheiro é distribuído para as várias categorias de consumidores.

Conseguir escrever um projeto e enviar para chamados públicos no PEE permite escala. PEE + novos direitos dos consumidores de energia pode trazer melhorias, empoderamento, eficiência, renda, educação, mobilidade, saúde para o interesse de quem paga/consome energia. Estamos tentando nos habilitar nisso, desde 2014, somos agora uma associação com essa finalidade mudamos o estatuto, para atender essa exigência da ANEEL.

No CDHU surge um case para justificar o ingresso no PEE. Soberania alimentar, segurança alimentar, custo, saúde, etc. Há uma quantidade crescente entre pessoas de baixa renda com problemas crescentes de saúde, obesidade, etc.

Recentemente saiu uma pesquisa sobre os elementos químicos dentro da farinha branca, entre 30 e 40 químicos incluindo alvejantes, para que o trigo possa passar pelos processos industriais que as máquinas demandam para não grudar, crescer mais cedo ou mais tarde, etc.

Na área da agricultura familiar e saúde podemos trazer essa discussão e o trigo mais saudável.

Começamos com 12 mulheres, e depois de um tempo chegamos a uma lista de espera de outras 20 mulheres. A perspectiva de um pequeno projeto como esse dar errado é muito maior do que dar certo, mas esse projeto deu muito certo. As mulheres estão capacitadas para produção depois de 4 meses (maio a setembro de 2016).

Temos um sistema em desenvolvimento, que vai virar aplicativo, para ajudar a dar um selo e não gerar brecha com a vigilância sanitária. Em campinas e muitos outros lugares há a "tolerância zero". Se você vai vender um alimento, tem que estar na rotulagem e padronagem da vigilância sanitária. Em cozinhas individuais ou cozinhas maiores centralizadas, além de sistema solar fotovoltaico, teremos o rastreamento dos processos com ligação direta com a vigilância sanitária, para voluntariamente apresentar a limpeza e o processo de produção. Os pães saem congelados. O mix já vem preparado dos produtores, na proporção de farinhas, sementes, ervas, etc, tudo natural, alguns ítens desidratados. Precisamod de 2 toneladas por mês de pão congelado. A partir de 180 dias (6 meses) a curva começa a dar sustentação ao projeto. Os parceiros entrando com dinheiro poderão ver que a partir de 2018 já existirá retorno. O projeto pra ser aprovado na chamada tem que gerar 30% de economia, no mínimo. Outros parâmetros são geração de saúde, autonomia e segurança alimentar.

Pretendemos nos candidatar ao PEE em 2018, por isso queremos avançar em 2017, e se tudo der certo em 6 meses de existência o projeto vai se pagar. A primeira fase foi financiada por uma empresa multinacional de auditoria.

Estamos através de empreendimentos sociais, atendendo a empresa que financiou, mas no interesse da comunidade -- os nossos reais patrões. Somos fucionários da verdade, e da ética. A empresa paga se quiser nos contratar, mas se no curso do contrato quiser alguma alteração, não rola. Encerramos por destrato muitos dos contratos porque queriam mudar os contratos no meio. Na verdade, contratam a gente não porque são legais mas porque é barato e porque podem tirar uma foto dando valor à marca. Todos os contratos pagaram 45% do contrato antecipado.

Há alguns anos houve a discussão da ISO 26000, o brasil foi redator através da FGV e ABNT junto com entidades da suécia. Atavés da GAO - grupos de articulação de ongs, fizemos parte da redação, e ficamos no cadastro das empresas. Em Setembro veio o convite para participar do projeto Bota na Mesa, para trabalhar a questão da produção e escoamento na cidade e entorno.

Produção Solidária e Solar de pães orgânicos, integrais e funcionais (super saborosos). Solidária: 6 mulheres MEI já capacitadas nas oficinas de culinária e empreendedorismo. Solar: uso de veículo T3 BYD para entregas verdes. --> 400.000. Vamos conseguir pela metade, com carência, e 48 meses pra pagar. Custo final tem forte redução pelo valor frete.

Custo de energia: 14 reais cada carga com autonomia de 250km. Fase 3: dando certo a instalação de paineis, dando certo a curva de autosustentabilidade, a fase 3 serão 200 casa para alimentar 2 ou 3 carros.

Orçamento para fase 2: R$ 300.000, divididos em 5 cotas de 60.000. Formalizar parcerias, contratos e patrocínios para integralização do valor do orçamento.

Chega um momento em que a quantidade de energia gerada possa abastecer um fundo. Esse fundo pode financiar entregas, ou transporte escolar, ou até uma escola. A energia é de quem gera.

Pergunta: as famílias/mulheres apresentam gragilidade/risco social? Resposta: o bairro em campinas, CDHU, fica ao lado de ortolândia, onde tem um dos maiores complexos penitenciários do brasil. São bairros "de escala", muitos familiares mudaram para lá por causa dos presos. Existe uma situação de violência, filhos sem marido, sem emprego, etc.

Pergunta: cada mulher é uma mei? Elas são associadas? Resposta: hoje não são nada, estão cadastradas num programa de atividade culinária. A empresa que contratou juntou ervas -- fizemos ervas com culinária. A ideia é ser MEI, mas ainda não são.

Comentário: é importante ter um espaço para crianças ao lado do local de trabalho para deixar as crianças.

Obs: em 2016, nenhum projeto foi aprovado na CPFL paulista.

Parceiros: BYD, (Carlos Augusto Serra Roma) escolaviveiro.org.br

Pergunta: manutenção de baterias e painéis não gera custo maior? Resposta: as baterias são somente para os carros, isto está previsto na parceria com BYD. Essas baterias são usadas 10 anos no carro, e depois mais 15 anos em outras aplicações. Os painéis tem vida útil de 25 anos, e jogam energia direto para a rede.

Comentário: projeto não é replicável, no sentido de ter que achar outros parceiros dispostos a investir inicialmente. Por exemplo, como conseguir o dinheiro para comprar os painéis solares iniciais. Resposta: através de PEE aprovado podemos replicar o financiamento.

Comentário: fermentação é vivo e ancestral.