Marco Aurélio Ribeiro
Marco Aurelio Ribeiro Possui graduação em Artes Plásticas pela Universidade Federal de Uberlândia (2001) , graduação em Arquitetura e Urbanismo FIAM FAAM Centro Universitário (2011) e especialização em Arte Educação pela PUC-MG. .É professor efetivo da Prefeitura Municipal de São Paulo. Atua como Arte Educador , Artista Plástico e Arquiteto.
O desenho é veículo de registro. Acostumados que estamos com máquinas fotográficas,digitais, aplicativos, vídeo, adotamos um registro com diversos detalhes reais. Ao adotar o desenho como meio, percebo uma uma corporeidade, uma materialidade que faz do desenho além de fim em si, projeto. O desenho é lembrete, induz a materiais, possui espacialidade , quer ser matéria é projeto. Frotilha(a estiagem) Cova ao chão, ossário. Mar de linhas a cozer o plano. Formas negativas, estandarte de guerras perdidas em batalhas inexistentes. Entrega dos guerreiros a travessia Anubiana. Tanatus. Por que preocupar-se, a travessia é inquietável e torturadora. O viajante já é entregue ao Sol. Porto seco, os navegantes da terra varrida, rios de pedra.Estiagem... A terra dura, areia e sal, Sertão, caatinga, capim grosso, Céu adentro, nuvens baixas. Sal há dor. Rios de pedra, Seca em flor. Rios de nada, Vale de homens, A longa estadia, Chocalhos de dentes e pés, Há comer o sofrer, Cruzamento de cinzas, Um deserto... O caminho do Sol Os barcos são espectros. Energia vital. Orgãos reprodutores, navegação estática. Preso ao porto. Impossível partir, os lugares são os mesmos. Um ossário de bargos navegantes. Bandeiras, velas, mastros, nau, oprimidos ao Sol. Governado pelo tempo. Histórico
1997 - Como repetição, ocupação, ainda era dobradura. Produzido por detentos em celas(solitária), equivale a prática meditativa, mediador entre a dor e a perda(liberdade). Organiza-se e flui, Amarra processos internos. Coletados, são peças, palavras de não.Expressão não verbal do recluso sofrer. Resignificados, conduzidos a liberdade, diluídos em água, desenham movimentos.uma massa de ninféias, Monet sobre espelhos.O estaleiro. 2005 - Como jogo, quebra cabeça, seriado, também organismo. Deságua de ductos, em telhados. Escoa líquido, seca, cristaliza-se. Em espaço interno é manipulado, organizado, construído, material de mediação entre artista e público. Tece-se flores, cristaliza-se organismo, em movimento. Organico, parece crescer. Um enxame, formigueiro explodindo, estende-se, ocupa mais e mais. Invasor 2008 - Muxarabi. Grande rede tecida por pessoas comuns, em diversos espaços, com propósito único, experiencia coletiva, em rede. A condução mira-se no espectador, criativo e reprodutor. Cadeia humana condicionada, adota tecnica repetitiva, múltiplos seriados. Unidos, recebe as formas de fazer pessoais. Cores e nós diversos, um tecido, fuxico. Uma rede. Muxarabi. Mar de pescar homens.
