Ferramentas coletivas pra organização comunitária contra as violências

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Vamos a crear espaços livres de violência machista, homofóbica e transfóbica

Desconstruir a sociedade hetero patriarcal

Alguns pontos de partida pra repensar e transformar a sociedade.

  • Confrontar a própia construção da masculinidade e da feminidade. Se não contestamos esses papéis, não identificamos os aspectos violentos desses papéis que se reproduzem na propia vida. Partimos do ponto em que todxs fomos socializados como homens ou mulheres. O papel masculino aparece, na maior parte dos casos, como o papel violento, encarnado pelos homens. Num entendimento dialético, a masculinidade é a construção dominante, enquanto a feminilidade é o papel inferior, o negado, excluído historicamente da parte material e simbólica.
  • Heteronormatismo e diversidade sexual – não só para heterosexuais, é uma construção social, política e estruturante. Por em crise o hétero como normal é um ponto importante de partida. Também existem muitos casais homosexuais que reproduzem como num manual os papéis de gênero.
  • Dimensões do público e do privado: o pessoal é político. E até quando se intrometer numa relaçao ou não? Materializar a política na própia vida.

A violência é mais frequente em espaços privados e supostamente seguros, como a casa da família, na escola, no hospital, nos espacos de militancia. A violência física e sexual acontece geralmente quando nao há mais testemunhas que a pessoa afetada. Até há atos violentos que procuram nao deixar marcas no corpo da vítima. A dimensão do público e privado com respeito a denúncia: quando pode ser pública e quando expor a vítima? Em casos de violência sexual ou física, é necessário acordo com a vítima para a denúncia.

  • Sobre a denúncia: quando a pessoa afetada pela violência pode denunciar? A maioria das campanhas fala que a vítima tem posibilidades de denunciar, mas isso é um mito que temos que rever, pois nem sempre a vítima pode denunciar. Quem está preparado para receber uma denúncia: somente um/a psicólogx, a polícia, um fiscal? Como seria se todxs pudéssemos receber a denúncia? Temos que falar sobre isso.
  • Todo o sistema da justiça estatal tem demostrado ser cúmplice da violência machista, homofóbica, trasnfóbica, inclusive garantindo a impunidade aos violentos. Precisamos falar de alternativas de Justiça, que podem ser apropiadas coletivamente. Justiça restaurativa é uma referência.

Também refletimos sobre práticas patriarcais relativas ao poder político

Mulher descente, esposa, a candidata a presidência tem que ser esposa. Os ataques que fizeram contra ela eram bem machistas, o adesivo da Dilma no lugar que abastece gasolina. A mulher na política: "bela, recatada e do lar" (manchete de revista para falar da esposa do vice presidente Michel Temer). Se não for casada tem que parecer masculinizada por não ter marido. E ela teve uma filha. Deslegitimar a mulher política por outras formas. Essas fotos de homens brancos, sem mulher, sem negro, isso é uma imagen que tem um posicionamento claramente político. A dupla moral do poder político a respeito da sexualidade fica visível também num áudio do congresso sobre uma orgia no congresso, com prostitutas, e com mulheres políticas participando.

Porque é mulher nos representa? Uma vez no coletivo falaram vai você falar pela gente porque você é negra. E eu falei que apesar de ser negra, tenho privilégios que a maioria das mulheres negras não tiveram e usar isso para legitimizar, e ser o exemplo, isso só reforça o estereótipo. E no fim foi um mulher negra da periferia. Muitas vezes essa clareza de percepção só aconteceu por conta desse privilégio e tem que ser feita uma autocrítica.

Identificar os tipos de violência:

  • violência psicologica e emocional (são a mais invisibilizadas e naturalizadas)
  • violência simbólica – (lenguagem, atitudes)
  • violência economica
  • violência obstétrica

www.hypeness.com.br/2014/07/serie-de-fotos-mostra-relatos-de-violencia-na-hora-do-parto-que-passariam-batidos

  • violência sexual
  • violência física

o que acontece em nossos espaços

Sempre colocam a agressor como um monstro ou um doente. Mas pode ser pai, companheiro, irmão, colega. Muitos homens se defendem falando que não é potencial estuprador, mas é. A partir do momento que seu amigo faz e você dúvida, é.

O silêncio também é uma posicão, sempre há muita gente que prefere não posicionar-se, mais não é possível. Quando isso acontece, na realidade, é o agressor quem fica neutro e a vítima é exluída. Esse silêncio também é permitir, tem muito a ver com a pessoa não reconhecer a violência e sentir culpa. Tornasse uma passividade, que se escala. São parte de passos pequenos até chegar nesse ponto.

Tendo em conta que há muitas violências que ainda não são identificadas como violências em nossa cultura, por exemplo, uma relação sem camisinha não é vista como um tipo violência sexual. Julian Assange tá sendo processado por 2 mulheres suiças por ter se negado a usar camisinha.

Os ambientes que acha que é seguro de artistas, ativistas, nao sao cepticos tambem nao de diferentes formas de violencias. Nao e sorpresa que muitas veces um referente intelectual o politico decepcione pela causa de que vida privada é muito questionavel. Outra coisa importante é entender que é um sistema, não feito só por homens, por mulheres e reproduzem em lugares que não presisam ser um enamoro. Nomear as violências, se sentimos desconfortáveis temos que prestar atenção. Porque provavelmente sofremos violência. Gasslight – a pessoa que tá te abusando psicologicamente põe a culpa em você. Você é a histérica paranóica. Perceber que o desconforto não é só no relacionamento amoroso. Pode identificar tambem numa relação de trabalho. E començar a incorporar isso. Era um pessoa que não consegui conversar com ela, só me afastei e cruzo nos grupos direto isso. A LOUCA.

Tambem que os papéis heteronormados nao sao exclusivos das pessoas heterosexuais. Ela conheceu uma mulher lésbica num encontro, que se comportava como um homem. E quando disse que não. E ela falou que iria ocnvencer, e falou você se comporta como um homem abusivo.

É bom levar para alguns companheiros o tema do machismo com racismo. As vezes custa mais ver o machismo desde o ponto de vista de quem tem privilegios. Por exemplo, para explicar o momento de auto- organización (espaco no mixto) nao e questionavel, assim como não vai questionar a auto organização dos negrxs, A mulher negra sofre mais ainda que as mulheres.

Entender o assédio como violência. Não nomear é não saber o que é violência. A coisa de no cotidiano, você sair e saber que um cara vai te falar algo, no mínimo. E que já não usa roupas curtas para evitar essas agressões. Sai de casa com medo de violência ¡e isso muda tudo! Isso pra chegar a um lugar donde tambem vai ser asediada, nao da. Temos que ter um lugar donde nos sintamos seguras.

Como se pregunta en Tesouras para todas; Para isso faz falta pensar, debater, questionar-se, a nível pessoal e coletivo. Criar um discurso, que é difícil de ter, que às vezes dói, que seja sincero, crítico mas construtivo... Existe agressões dentro do meio libertário? Sempre nos sentimos cômodas e seguras? O que é uma agressão? Diante de machistas, como reagimos? REAGIMOS? E como têm reagido as pessoas ao nosso redor? Estamos atentos ao que passa a nosso redor? DIANTE DE UMA AGRESSÃO HOUVE ALGUMA VEZ UM DEBATE COLETIVO SOBRE A MANEIRA DE AFRONTÁ-LA?

Un desdobramento da discussao, ¿existe a arquitectura violenta?

Já que aproposta é de espaços não violentos, pensar no espaço físico além das violências entre pessoas. Espaços não violentos, existe arquitetrura violenta, elas propiciam que isso aconteça. É uma coisa que não é todo mundo que discute. Não só palavras, mas a construção de cidade em si. Moro perto de umam linha de BRT, onibus com corredor exclusivo, e a linha mais próxima da minha casa, eles fecharam o viaduto embaixo para não ter ninguém embaixo, a escada para subir para a plataforma tem 2 paredões, não tem como pedir socorro, não tem para onde correr, é entre 2 corredores, é uma cidade excludente, não vou nunca pegar um ônibus aqui. Como pensar um espaço como uma estrutura opressor e violenta.

Projeção dos espaços vazios, mostrando o ermo, só de visualizar isso, já é um ermo, mesmo vendo a imagem disso a sensação vem em você.

A mulher olha para vários lugares e pensa. FUDEU! Nada resolve por si só. Mais a arquitetura pode ser um ponto importante.

Ferramentas coletivas

  • Guia ou manuais para identificar as diferentes violências. Materiais explicativos, educativos.
  • Guias para fazer uma denúncia legal.
  • Encontro de mulheres, espaço não misto, também é muito necessário como momento de auto-organizacao. Os espaços que pretendem ser livres de violência, e otimo que tenham um círculo de mulheres (e um circulo lgbt).
  • Redes de solidaridade, para responder na urgência, um lugar que a mulher pode ficar numa situação urgente. Atendimento psicológico, cuidado de crianças, * tudo isso o coletivo tem que resolver quando tem um caso de violência, ou estar preparado minimamente para poder acolher.
  • Denúncias públicas não formais como eschacho. Em que momento você vai usar da violência para combater a violência, como o escracho que pode ser violento com uma pessoa ou grupo, ¿isso deve ser usado como último recurso? Quando o grupo ou agressor não dá a possibilidade de diálogo. Pode deslegitimar uma luta.
  • Manifestações públicas maiores sobre certos casos, pra poder visibilizar a violencia estructural, como o caso da mulher estuprada por 33 homens no Rio que levantou o debate sobre a cultura do estupro.
  • Mudar e transformar o leguagem de canções, frases da cultura popular, palavras de ardem, por esemplo caso de manifestação secundaristas ano passado - "Alckmin, alckmin vai tomar da polícia / porque eu te garanto que o cú é uma delícia". Ou resposta da idéia homofóbica de papai e mamai, na marcha do orgulho en Paraguay se canta “sexo anal para papai e mamãe”. Dá o doce e não quer comer.
  • Articular no contexto internacional: como os movementos feministas da Argentina com os protestos de #NiUnaMenos (Nenhuma a menos) e como uma forma tambem de demostrar que a violencia e estrutural e sistémica en tanto atraviesa as fronteiras. #VivasNosQueremos no caso de México também tive muita repercuçao.

Justiça Restaurativa

Muitas vezes não identificamos o comportamento quando a mulher está sendo violentada. E o tratamento com a mulher que está num relacionamento abusivo para não ter mais uma atitude de violência com aquela mulher. No circulo restaurativo começa perguntando para a vitima o que é importante aqui para que você. Se senti segura. E o que você. Pode fazer para manter esse ambiente seguro. E pode ser o que for, para que ela possa se colocar e falar as coisas.

Reconhecer e refletir respeito das limitações e contradições individuias e coletivas, compartilhar nossos maus-tratos no diálogo, ter um espaco seguro pra o dialogo donde todxs podem pedir ajuda, conselhos, suporte, são práticas que poderiam ser cotidianas y fazernos crescer tanto em nível individual como de maneira coletiva.

Em São Paulo, ha uma experiencia reunindo os violentadores, para poder compartilhar os fenômenos de violência. Eles começam a escutar a narrativa da violência que os outros praticaram eles se identificam e reconhecem a própria violência praticada. Passou num programa da Rede TV, sobre esse trabalho.

Falamos sobre alguns casos mediatizados

O caso dos 33 estupradores (RJ- May2016) demostrou que ainda é um desafio fazer entender que sem consentimento é estupro. cuantas veces nos sentimos obrigadas a transar, achavam que já que você seduziu tem que ir até o final. Esse caso tem uma cena, muito emblemática um dos primeiros denunciados, sai da delegacia dando tchau, sorrindo. Isso é muito emblemático, virou meme, virou referência. Todo mundo achou que não ia dar em nada. Sao dessas agressões que são silenciosas e chegam a todas nós. A vitima deu uma declaração de que doia mais a alma que a vagina. Tambem foi muito importante as pessoas no caso do rio pedindo para não passar os vídeos, para não incentivar essa cultura.

Todos defendem as mulheres falando poderia ser uma irmã, mulher, mãe de alguém ou seja propriedade de alguém, ou que estudava falando que era descente, então se não é descente tudo bem? Quem determina isso o agressor? ¿Ou a sociedade que decide?

A violência se reproduz quando aparece e as pessoas negam, parece tão horrível que as pessoas negam.

No norte do peru, kajamarca, um professor, violentou muitas meninas, ele se mata na cadeia antes de ser julgado. Um artigo muito importante, falando que esse professor não e um alien. Isso acontece por essas defesas, primeiro se julga se essa mulher merece ser defendida. A cultura as festas, lá as festas são tão violentas, não se casam os homens roubam as mulheres na festa típica. Então é uma cultura da própria sociedade e nõa um professor alienígena, doente.

Ou também como as meninas que estavam viajando no equador, as argentinas. Foram assassinadas. Carta de uma menina paraguaia lendo a carta como se fosse as meninas mortas da argentina no equador.

A batalha da leguagem

O leguagem tambem condiciona o homem a sofrer violência ou ser um violentador. O que se produz a partir da linguagem, por exemplo as frases da cultura popular.

  • fazendo cu doce – usa camisinha dietética, não posso com cú doce porque sou diabético.
  • vai tomar no cu
  • calienta huevos
  • briga de marido e mulher ninguém mete a colher.
  • Pica das galaxias.
  • tá faltando rola
  • mal comida
  • tá de tpm
  • histérica
  • fala alta solteirona
  • Porra.

Algumas esemplos de metodologías participativas

Falar do princípio da própria experiência

Há muitos exemplos de activismo virtual

Durante a repercussão do movimento #meuprimeiroassédio, tive relatos de celebridades. Diferentes instituciones do Estado, da area de comunicacao, ellas pasaron a conta do twiter oficiais, para outras servidoras poder denunciar o falar alguma situacao de violencia que afectaron elas. Foi um empoderamento das contas gobernamental.

  1. MeuAmigoSegredo, tambem era uma convite para poder relatar as experiencias personales, sobre abuso, sobre esas violencias que nao sao identificadas. Tive muita repercusao.[revistagalileu.globo.com/blogs/buzz/noticia/2015/11/20-relatos-da-hashtag-meuamigosecreto-que-precisam-ser-lidos.html]

O assédio na rua, todas as mulheres perguntaram quando for a primeira vez então visibilizou com 10 anos, 11 anos, visibilizou o pessoal, pode fazer uma pergunta, de como você introspecta essa violência na vida, no cotidiano. Discutindo a gente identifica o que sofreu tempos atrás.

Relatos de muitas mulheres que tem medo a partir do momento de sair de casa ter medo de ser estuprada, violada sexualmente. A preocupação de que tipo de roupa colocar na hora de sair de casa.

Vídeo de México de meninas que sai com saia, e gravando para visibilizar o assedio.

Vídeo chile, que vestem a mãe para passar na frente de abusadores e eles chamam as mães de gostosa.

Desenhar o corpo da mulher e do homem e colocar estereotipos

  • Se tem algum texto curto para compartilhar
  • Vídeos

Fazer imagens diferentes do falocentrismo

Num círculo de mulheres pedir para desenhar vagina e penis, as mulheres tem muito mais facilidade de desenhar um penis do que sua própria vagina. Nos livros didáticos não tem imagem da vagina, tem dos órgãos reprodutivos, mas da genital masculina tem. A cultura ocidental acusa a cultura oriental de tirar o clitóris da mulhers mas a cultura ocidental também faz isso, tirando da mulher o conhecimento desse órgão de prazer. O clitóris foi estudado em 2006. Nas cozinhas das pessoas tem socador de alho em forma de pênis. ¿Podemos fazer objetos em forma de vaginas?. Os corpos como se desenvolvem até tem de homem e mulher, mas das mulheres nunca tem uma vagina. Conhecer o corpo tem que ver tambem com aproveitar o ciclo emocional.

Respeito ao espaço machista, a quantidade de esculturas fálicas que existem. Tem no Paraguay um obelisco fálico na frente do Poder Legislativo, a coisa para cima rígido, fotaleza, força, associa poder, falocêntrico ao que seria o masculino. Temos encher de clitóris aqui, De vaginas, bucetas.

Fazer stenciles como producto dessa discussao:

  • Tô feliz descobri meu clitóris.
  • mulher se toca – tanto para se tocar fisicamente, quanto para denunciar.
  • amo minha vagina.

Podemos fazer um stencil da fisiologia do clitóris.

A primeira vez que usei um absorvente interno com 11 anos, não sabia onde tinha que enfiar. Não sabia que tinha um orifício que poderia ser inserido algo.

A descoberta do chuveirinho!

Programa A LIGA - Sobre a Violência contra a mulher. - Youtube.Projeto birosca que fazia oficinas interessantes onde se falava sobre a importância de conhecer um computador por dentro e a importância de se conhecer e conhecer a sua sexualidade também.

Vídeo:

  • clitóris o prazer proibido.
Prazer femenino e liberdade sexual na industria do Porno

O pornô é uma industria que lucra com uma imagen de sexo muito violento e machista. Toda uma performance que não agrada nem identificam as formas do prazar das mulheres.É interessante observar o inverso o homem incorpora isso e acha que o papel dele é ficar de pau durão e só socando dentro! Temos que desconstruir isso.

Isso também atrapalha a construção da sexualidade masculina, é complicado ter tanta exposição das mulheres em revista, então os homens se acham no direito de ficar secando as mulheres. Tem bancas com revistas masculinas mas para o público gay. Resgatar sobre a pornografia –Meu quarto era tomado por posters de tudo, e tinha uma foto de um cara de costas na paria, tá de cueca um pouco baixa, mostrando um pouco a marca dele. E um técnico do computador, quando tinha 12 anos, e quando ele ia até o quarto ficava escandalizado com o poster, mas se fosse uma imagem de mulher nua no quarto de um menino seria tudo bem. –Nas locadoras de vídeo tinha uma sessão porno, escondida do todo. Sendo menina nao daba pra chegar dentro.Isso mostra a diferença da educação sexual homem e mulher.

Os corpos mercantilizados tem que ser um corpo específico, não pode mostrar os seios caídos. A indústria da beleza, mesmo as modelos plus size, tem que ser uma modelo gordinha mas com curvas. Tem um modelo de gordo aceitável. O outros gordos são feios. Na indústria pornô tambem tem maquiagem genital, ¡por isso cú e buceta é rosa! Mas isso não existe. A depilação brasileira também é um reflexo disso. E a infantilização do corpo da mulher, virgem, sem pêlo. ¿Cara que gosta de mulher sem pêlo é uma tendência pedófila? E fácilmente visivel a trânsição do pelo, nas revistas do playboy, dá para acompanhar as playboys ao longo do ano, de como a vagina foi ficando depilada. A Nanda Costa que fez um ensaio com a vagina não depilada. E teve que discutir na internet que os pelos não são nojentos e nem sujos. A vera fischer, com 50 anos e reclamando que era peluda. A reação foi do nojo. A Viviane Araújo, dizem que tomou anabolizante, isso para manter um padrão. E quando foi posar nua, que o clitóris mais desenvolvido, e ficam escandalizados. ¿Quando o conscentimento é consciente ou não. Quais os limites, o contrato até onde está sendo o filme, não é 24h, levar tapa???

Revolução contrasexual. Destruir o binarismo, a idéia de gênero. Difícil a abolição, tem tantos novos gêneros, é uma novidade. E para a gente é um processo todo novo, que novos gêneros são essees, tem gênero biológico e gênero sexual?

Porn hub, por exemplo a maior parte dos usuários são mulheres, ¿entao ta rolando uma transicao nesse aspeito?.

Mulheres gays e bissexuais muitas vezes tem o seu primeiro contato também com revistas como playboys.

Filmes, textos e projetos artisticos

Filmes 
  • Crítica de 50 tons de cinza

O filme é romantizado, a violência. A menina no filme, topa e aceita porque nunca teve relação antes e por isso tá aceitando aquilo ali, e isso retratado como se o homem tivesse fazendo uma proposta de casamento. Parece um conto de cinderela, quando ela se toca que aquilo não é o que quer, ela saí e acaba o filme, não problematiza.

  • Documentário “Filha da Índia”, tem uma entrevista com o motorista do onibus, irmão do estuprador, que fala, mas ela queria, pegou ônibus a noite. Daí tem o discurso da família. Ouvir esses relatos, de uma cultura machista, bem pior que a nossa.
  • Filme para um poeta cego. Filme com o Glauco Matoso, como companheiro dele.
  • Histeria: a invenção do vibrador, para tratar a histeria massageava o clitóris delas, e chegavam ao orgasmo.
  • A hora da estrela. Ela pergunta ¿o que faz um deputado? ¿E a mulher de deputado é deputada também?.

Tem um grupo da dinamarca que está fazendo porno feminista. Tem muitos vídeos pornos feministas, mais ainda tem muitas vezes são muito estereotipados.

  • Girls who likes porns
  • Erica lutz
  • Short bus – um clube de encontros sexuais


Livros e textos  

Manual do pedólatra amador – feitichista. E trabalha com esses papéis da dominação. El clítoris y sus secretos

Zine:

we.riseup.net/subta/tesouras ou pt.protopia.at/wiki/Tesouras_para_Todas

Dona Hallowey – Manifesto do cyborg.

Projetos artísticos 

Cecilia Vilca

Encaja/Insert: S vs. L

Um jogo que sempre perde. Estética de antes e depois da gastroplastia.

Os jogadores tem que escolher qual o corpo é a preferência, e é feito para que sempre se perda. Estereotipos de corpos em relação ao peso.Não é um corpo, mas somos vários corpos, quem escolhe aqui o de antes e depois, a linha divisória.

Vídeo performance com jogo interativo, funciona com kinect. Convida as pessoas e escolhem como antes e depois. A mulher fez a gastroplastia, porque uma questao estetica.

SirenaEstéreo

Maquina de twitter. Tem vários estereotipos de mulheres. Velha bruxa, solteirona, indecente, escolheu 5 estereotipos que achou que não existia, mas haviam, buscou no twitter, qual a lógica do estereotípo. Se é ruiva é tonta, e peguei uns opostos absurdos disso, como Morena indecente. Criou um universo. A sereia metade peixe, sem vagina, ocupa o demonio. Assim a instalação é muito ligado com a natureza, como homem, mulher. A sereia nadando com interativo, e pode interagir e mandar resposta para a rede, e são com estereotipos mudados. Com frases reais, e as pessoas contestavam e apareciam os comentários aqui. Esse é o trabalho dela em Barcelona.

Há um artista plástica chamada Orlan, faz cirurgias como performance.


Fotografia Stephanie Sarley extension

Teatro  

Grupo 19. Peça Hysteria.

Uma peça no final do século 19 as histéricas no manicômio, que é uma condição feminina. Os homens entram por um lado e ficam numa arquibancada, e as mulheres ficam junto com as mulheres num manicômio. E o público feminimo interage com as atrizes. Estão a 15 anos em cartas.

Faz 15 anos essa peça e o texto é atual. Você sai dilacerado, tem casais que saem chorando. Ainda mais hoje em dia, que estamos repensando nossos papéia e nossas opressões, e o que a gente é. Eles ocuparam a vila Maria Zélia em São Paulo. Elas não tem caracteristica privada, são públicos do INSS. Essa peça é lá na vila do séc. 19. E falam da atualidade até aqui.

A proposta pra nuvem

Estamos aqui para criar uma metodologia de construção de espaço não violento. Pensando tambem en espacos como a escola, como tornar a escola livre de violência, ter ferramentas pra discutir com o grupo da aula esses temas. Como aportaria discutir o papel dos homens e das mulheres. Podemos trocar vídeos, casos, para discutir.

A proposta tem itens para discussão, isso é uma proposta mas pode ampliarse. O espaço de discussão permite documentar de alguma maneira ativa, creativa e produtiva. Um vídeo, memes, zines, mural, marcas no espaco, isso que podemos desenvolver na hora, numa semana, gerar um material ao mismo tempo que as ferramentas.E mesmo o egistro da metodologia da discussão será legal para mostrar a outros lugares.

Pensando isso como metodologia aplicada a qualquer lugar, chega num lugar para criar um espaço livre de violência. Os temas são importantes para levantar as discussões, e depois as ações, e depois de discutir como método, são propostas ações. Assim como cartazes de clitóris, temos artistas que podem fazer coisas interessantes, discute-se temas, discute-se ações, como estamos pensando em arte e tecnologia pensamos em produção, de vídeo, projeção mas em outros lugares podem ser feito de as formas mais diversas. Tomar esse espaço e vamos se livrar esse espaço de violência, como aplicar aqui e marcar.

Acho que temos que fazer uma intervenção na casa, que fique aqui, para que ele se torne um espaço sem violência, mesmo depois que saírmos daqui. Mesmo que ela sozinha lendo isso, pode ter a reflexão. Podemos fazer um mural. A idéia de desenhar os corpos, deixar uma marca aqui, e até mesmo. Placas em madeira, pintura na parede. Proposta de identifcar a violência com situações pessoais. * Fechar dia horário e momento de relatar as violências, reconhecer tipos de violência. E como a gente reaje a isso.

Algumas idéias: A gente pode escrever essas violências e queimamos essas violências e filmamos essas imagens projetadas nos corpos e filmamos e disponibilizamos essas imagens na web. E podemos projetar essa imagem num painel, e pintar sobre a projeção, já que isso possibilita todas a participarem. Podemos também fazer com placas, com frases que vamos colocando todo o tempo, lembrando. Como vamos construir o trabalho das manifestações dos corpos, podemos juntar os 2 grupos. A documentação deve ser feita por todas, juntas os links, materiais.


Foz (discussão)